sexta-feira, 13 de abril de 2018


Azar dos Távoras...


Ocorre-me para título esta expressão que o prof. Marcelo, enquanto comentador, costumava usar em certas situações, para gozar a “má sorte” de  Nuno Melo com o seu panfleto no JN, com o título “Nem Centeno, nem Adalberto”.

É que logo por cima da cabeça levou com uma citação de Roosevelt, 32º presidente dos Estados Unidos, que diz assim: “Um conservador é um homem com duas pernas perfeitamente boas que nunca aparendeu a caminhar”...

E, ao lado, tinha o texto de Rafael Barbosa, Editor executivo do jornal, com o título “Ser ou não ser Centeno”, de que transcrevo algumas linhas:

“Não foi ontem que as condições de atendimento na pediatria do Hospital de S. João se tornarem “miseráveis”; não foi ontem que começou a degradação do SNS; não foi ontem que se percebeu  que há escolas a caír aos pedaços; não foi ontem que se confirmou que as linhas do caminho de ferro estão caducas; não foi ontem que os funcionários dos mais variados serviços públicos se afirmaram desmotivados.

 A degradação não é ditada, no essencial, por razões ideológicas, mas por razões de emergência financeira, porque não há dinheiro para mandar cantar um cego. Quando há défice, a dívida cresce, porque não há dinheiro suficiente nem para pagar os juros dos empréstimos anteriores.

 E não há folga, como ontem argumentavam deputados bloquistas e comunistas, fazendo as contas à diferença entre os objectivos de défice de Centeno (0,7%) e o que estava combinado (1%).Não é folga, são 800 milhões que pagam juros, somam dívida. Mais défice pode representar maior sufoco no futuro, com cortes de salários e pensões, com desemprego e precariedade laboral, com emigração.”


Amândio G. Martins





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