Azar dos Távoras...
Ocorre-me para título esta expressão que o prof. Marcelo,
enquanto comentador, costumava usar em certas situações, para gozar a “má sorte”
de Nuno Melo com o seu panfleto no JN,
com o título “Nem Centeno, nem Adalberto”.
É que logo por cima da cabeça levou com uma citação de
Roosevelt, 32º presidente dos Estados Unidos, que diz assim: “Um conservador é
um homem com duas pernas perfeitamente boas que nunca aparendeu a caminhar”...
E, ao lado, tinha o texto de Rafael Barbosa, Editor
executivo do jornal, com o título “Ser ou não ser Centeno”, de que transcrevo
algumas linhas:
“Não foi ontem que as condições de atendimento na pediatria
do Hospital de S. João se tornarem “miseráveis”; não foi ontem que começou a
degradação do SNS; não foi ontem que se percebeu que há escolas a caír aos pedaços; não foi
ontem que se confirmou que as linhas do caminho de ferro estão caducas; não foi
ontem que os funcionários dos mais variados serviços públicos se afirmaram
desmotivados.
A degradação não é
ditada, no essencial, por razões ideológicas, mas por razões de emergência
financeira, porque não há dinheiro para mandar cantar um cego. Quando há
défice, a dívida cresce, porque não há dinheiro suficiente nem para pagar os
juros dos empréstimos anteriores.
E não há folga, como
ontem argumentavam deputados bloquistas e comunistas, fazendo as contas à
diferença entre os objectivos de défice de Centeno (0,7%) e o que estava
combinado (1%).Não é folga, são 800 milhões que pagam juros, somam dívida. Mais
défice pode representar maior sufoco no futuro, com cortes de salários e
pensões, com desemprego e precariedade laboral, com emigração.”
Amândio G. Martins
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