Mais ainda num tempo que tantas mudanças de fundo em
todos os lados são-nos indispensáveis, mas, não passam ainda, de letra morta.
Tudo, tanto, é necessário mudar, tudo, tanto, fica ainda mais na mesma. É
difícil mudar.
A política que não só no nosso País, tem vindo num
decrescendo de qualidade assustador, e sem dúvida os políticos têm vindo a
baixar de nível, como não se imaginaria há 20 anos.
Por certo isto não é novidade para ninguém – se calhar
nem para os próprios, se não andarem iludidos - e constata-se a cada dia que
passa, a cada aparição que têm – qualquer um - a avanços e recuos sem a mínima
cabal explicação, e com excessiva naturalidade. Tudo pela espuma da existência.
Em simultâneo o jornalismo que se dedica à política está a sofrer do mesmo problema. Falta de qualidade, muita pressa e nada bem reflectido.
Em simultâneo o jornalismo que se dedica à política está a sofrer do mesmo problema. Falta de qualidade, muita pressa e nada bem reflectido.
Poder-se-ia pensar que se a política não tem nível, o
jornalismo que no-la transmite, mesmo que qualidade possa ter, não tendo o que
melhor transmitir, faz o que vem fazendo, e é indubitavelmente mau. Mas, talvez
não deve ter que ser assim tudo tão linear. Dado que então, a queda não terá
fim.
Talvez este jornalismo deve começar a mudar-se, já,
para além do que aconteça ou deixe de acontecer na política.
E, a melhoria seria, já, deixar de se “colar” a tudo e
nada que seja feito ou desfeito pelos políticos. Deixá-los a “falar sozinhos”!
Deixar de transmitir em directo e cores os passos
quase indecorosos de todo e cada político, repetindo – quase que parece
tradução de português para português – tudo o que cada político, ao minuto vai
dizendo, contando, trocando, que é tão pouco. E passar a fazer analises
concretas e correctas dos factos.
O jornalismo – político – mesmo nestes tempos tão
difíceis, se começar, já, a descolar dos políticos e das suas politiquices, se
os não seguir, se não lhes der a importância que de facto não têm, vai
melhorar. E muito.
Se o problema está na – não – qualidade dos políticos,
a - sim – qualidade do jornalismo político, ao antecipar-se, fará de si uma
símbolo de vontade de mudar, para melhor.
E depois por falta de cobertura – já imaginaram os
políticos a falar sozinhos? – talvez até a politica por arrasto também mude,
para bem melhor, o que é indispensável. E todos ficaremos a beneficiar. Até os
próprios, políticos!
Augusto Küttner de Magalhães
Julho 2013
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