Depois tudo foi ficando diferente, e o
"pecado" caiu em desuso, e passou a ser e bem tido como "errado,
não correcto, não ético". Hoje está
ainda nesta base, se bem que num tempo em que "vale tudo"! .
Mas como em,todo o lado, mas em especial
a Ocidente, os valores se têm esbatido, o desrespeito por nós e pelos outros
está fora de moda, tudo anda meio desequilibrado.
E como todos tentamos viver na espuma
dos dias, nas noticias "noticiados ao segundo" e pensamos que
"pensar" é uma maçada, ficamos todos demasiado formatados ao momento,
momento que se esbate com o momento seguinte, e assim continuadamente!
E como somos todos seres humanos, e como
todos erramos, mas achamos que só os outros erram, andamos com dificuldade em
analisar a realidade. E quando o fazemos fica tudo propositadamente pela rama,
para ver se a noticia da tarde, anula a da manhã. E tenta-se formatar raciocínios,
sem dar espaço e tempo para analises mais cuidadosas e racionais.
E se "isto" é o que faz viver
, mal, as nossas políticas, claro que se escapa para as Religiões. E
acredite-se ou não, as Religiões , cá pela a Terra, se existe algo mais que cá
a Terra, é feita e conduzida por humanos. Não vemos nenhum "deus" à
frente de qualquer religião. São seres humanos com defeitos e qualidade, com
taras, com tendências, com tudo o que de normal e anormal nos faz humanos.
E quando os tais valores andam desequilibrados
na sociedade civil, também abrange as religiões - e não só - que são feitas com humanos.
Em várias ocasiões pela História - algo que tende
a ser esquecido, para ficarmos sem Memória - se repetiram, erros já cometidos,
e andamos aos tombos e recuamos, baralhamos, estragamos vidas, e não queremos
parar para pensar. Não dá jeito! E quando uma guerra destrói tudo, aí
arrepiamos caminho, até tudo voltar a esquecer. E errar em grande!
O que neste momento está a acontecer na
Igreja Católica de Roma, é o que os humanos no seu descontrolo fazemos de pior.
E estranha-se - ou nem por isso - quando se tenta fazer "de conta", quando
os mais envolvidos na Igreja de Roma acham espantoso tudo o que se fala e não é
muito agradável, sobre a mesma. Fazendo de conta que o Papa não disse a quem quis ouvir, que as pessoas que compõe a
sua Igreja estão a portar-se muito mal, tanto sexualmente, como quanto a poder
pelo poder, e quanto a não seguir comportamentos mínimos de boa conduta. Pecam,
muito. E isto está a generalizar-se.
Mesmo não sendo crente, dá para
entender que a Igreja de Roma é uma instituição que não pode deixar de existir.
Mas tem que existir melhor, com mais transparência
e sobretudo, quem está dentro e próximo , não pode - não deve! - fazer de conta que nada percebe do que se está
a passar. E quando o barco está a ir ao fundo, tentar fazer remendos não olhando
à agua que está a entrar por todo o lado, pode ser adiar um grave afundamento.
Ser transparente, ser real, ver o
momento, sem banalizar a Igreja ao mediatismo e a exageros de modernismo, não implica
não ter que mudar em algo que é feito por humanos, com defeitos, erros e
"pecados".
E encarar-se o momento de frente,
e sem filtros.
Não está a acontecer! Bem pelo
contrário!!
Augusto Küttner de Magalhães
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