O sol na moleirinha deu-me para isto:
Seis quadras quase ‘aleixo’osas
Tortuoso é o portas
Pior que um cavaco
Companhias tortas
E passos de um velhaco.
O Terreiro do Paço
Ninho d’escorpiões
Só uma ‘muralha d’aço’
Evitaria tais ferrões.
E o povo ensandecido
Por dolorosas picadas
Aguenta estarrecido
Essas fortes estocadas.
E nada está seguro
Na oposição desunida:
É como jogar no escuro
A honra, o pão e a vida.
A honra, a independência
Nas ruas d’amargura
Como a vil indecência
Uns terem tanta fartura.
E a restante maralha
Qu’alimenta tais galfarros
Antes lhes faça a mortalha
Que manter-lhes esses tachos.
José Amaral
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