segunda-feira, 15 de julho de 2013

Por tuta-e-meia

Todos os anos, milhões de turistas, nacionais e estrangeiros, demandam o Algarve, em busca de tudo de bom que tem para oferecer: são as cálidas águas das suas excelentes praias; é a sua boa gastronomia baseada nas ‘delicías’ do seu belíssimo mar; é o nosso bem receber; é um céu quase todo o ano esplendorosamente azul com sol de manhã até à noitinha, são as temperaturas amenas num equilíbrio constante, em que as amplitudes térmicas estão sempre compreendidas no intervalo em que todo o ser humano se sente bem e em pleno conforto ambiental.
Mas, muitos poucos sabem quem foi o fundador de uma localidade contígua à Quarteira – com o belo nome de Vilamoura, a qual brotou para o mundo do turismo na segunda metade do século XX, graças à visão futurista de um concidadão que viu a luz do dia em São Cosme do Vale, Vila Nova de Famalicão.
Esse visionário de eleição, já falecido, chama-se Arthur Cupertino de Miranda, o ‘pai’ do também já desaparecido BPA – Banco Português do Atlântico, o qual foi opado numa operação hostil por um pseudo banqueiro, que de banqueiro nada tinha, sem qualquer raiz no ramo, a não ser no mercenariato de então e de agora: ser-se banqueiro com o dinheiro exclusivamente alheio, próprio das sociedades abertas a todo o tipo de roubos de catedral, para depois ser o cidadão comum chamado a pagar as tenças de ouros que tais administrações e accionistas de eleições distribuem criminosamente entre si e seus bandos de abutres.
Acabo de ter conhecimento que o BIC, que por tuta-e-meia comprou o BPN, está a exigir ao comum dos cidadãos (reformados, pensionistas, empregados, desempregados e outros tramados) a quantia de cem milhões de euros, quando estes concidadãos, comigo incluído, ‘venderam’, ou terão dado?, o esfrangalhado BPN por quarenta milhões de euros, ainda não vai um ano.
Instado a pronunciar-se sobre mais este entretanto negociarrão, o senhor presidente Mira Amaral, mirando-nos lá do alto da sua cadeira de administrador-mor, nada disse, uma vez que os roubos ao Erário Público são tantos e tão elevados que já não há engenharias financeiras capazes de encobrir o que já está mais que claro: os cidadãos honestos são roubados de todos os modos com a aquiescência da Justiça, enquanto os ladrões de altos coturnos não são chamados à capa pelo afundanço perpetrado sobre o nosso país.


José Amaral

2 comentários:

  1. Não sei porquê, mas o grito da Revolução Francesa por vezes ecoa dentro do meu cérebro: "Às armas cidadãos!Às armas!".

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  2. Ainda estou à procura do queixos que me caíram quando percebi (mais ou menos) essa negociata inqualificável.

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