Se recuarmos ao tempo do antes 25 de Abril, tínhamos uma
censura feroz que não nos deixava ler, dizer, o que quer que fosse que não o
que os manuais do regime estipulavam. Os tempos eram complicados, difíceis, e
andávamos todos calados, para não "ir dentro".
Entretanto, e ainda bem, veio a liberdade que nos permite
tudo a todos e a todo o momento dizer, ler, ver.
E não conseguimos "agarrar" algo pelo meio. Ou
seja, não temos, não queremos, não precisamos de modo algum de qualquer
censura, mas talvez precisássemos, todos, a começar pelos de cima e a acabar
nos de debaixo, e claro com fortíssima incidência nos média,
de muito mais bom senso. Entramos num tempo que vale tudo dizer, de todos mal
dizer, e lançar noticias deprimentes a cada segundo que passa. O que faz com
que nada de nada seja aprofundado, o que cria uma mediatização exagerada e
assoberbada de tudo e de nada, e o que é importante, necessário e conveniente,
nunca é devidamente debatido. Ficam todos as desviar-se do importante agarrando
a mesquinhices!
Todos os que têm entrada "de cima" a criar espuma
noticiosa, fazem-no, os média
aproveitam. E o que parece ser liberdade, entrou em autentica libertinagem.
E como há demasiada incapacidade por quem capacidade deveria
ter para ajudar a resolver tantas destas difíceis situações, ou no mínimo
ideias dar para melhor se ficar, fica a explorar até ao limite, tudo o que de
mais deprimente acontece e sem esperança no amanhã. É o segundo a segundo, da
nossa vivencia.
E a tristeza está na mente, no rosto, no semblante, de quase
todos. Há uma desesperança que não vai dar nada de positivo. E se não houver competência,
dignidade, de mudar de atitude e comportamentos, vamos tendo o entristecimento
deste País até mais não ser possível. E ninguém vai escapar, nem os que estão
na politica, nem nas noticias, nem noutro qualquer lugar, a não ser que se
instalam em bunkers! Já!
E ainda estamos nos 40 mais ricos países do mundo. Pense-se
na desgraça de quase todos os países de África, e de tantas zonas da Asia (até
no interior da China, da India, sem falar na Coreia..etc....) Mas já vivemos
melhor. Já vivemos com dinheiro com que não podíamos ter vivido. Mas fizemo-lo.
Culpados haveria muitos, mas parece nenhum haver, e todos se auto excluem de qualquer
possibilidade de culpa.
E estamos no declínio. Claro que se não criarmos riqueza, não
fizermos crescer a economia ou não encontrarmos petróleo, vamos mal, vamos para
pior. Petróleo não vai ser fácil. Evidente. Mas criar riqueza, fazer crescer a
economia, a agricultura, as pescas, o mar, as novas tecnologias, não é totalmente impossível. Vivendo dentro do
que podemos s viver, mas sem ser
"neste!" sufoco!
E haver nos que
"estão lá" para nos Governar(!), e outros para se lhes opor(!) muito
mais cuidado em tudo o que fazem, dizem e como o fazem e dizem, é tao, tao necessário.
Não está a acontecer. Em ninguém. Ninguém. Todos se estão a portar
indevidamente! Todos!
E os nossos meios de comunicação social não têm que ter qualquer
censura, antes pelo contrário deveriam conseguir perceber que são responsáveis
e capazes "ao momentum" sabendo muito bem, o que é noticia, o que é informação,
o que não é, e nada escondendo, antes pelo contrario. Mas não serem mesmo que involuntariamente
ainda mais desestabilizadores e
incentivadores a uma maior estado de tristeza.
Estamos mal, temos hipótese de melhorar se todos mudarmos e muito!
De mentalidades, comportamentos, atitudes, contenção para uma melhoria de
situação!
Mas a mudança tem que
começar e já, por quem tem mais visibilidade, mais responsabilidade, mais
facilidade em noticiar, para todos como tal a assumirem...ou isto rebenta!
Augusto Küttner de Magalhães
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