Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
domingo, 28 de julho de 2013
Disse «União Nacional»?
Passos apelou a "um acordo e
convergência de objectivos com o PS para além da actual legislatura de modo a
conseguir um clima de união nacional". Seguro respondeu que não gosta da
expressão "união nacional", por estar "associada a um dos piores
períodos da história do País". De facto, Passos com a idade que já tem, e
apesar de não ter vivido o tempo do Estado Novo, já deveria saber que há
palavras que Salazar adoptou há mais de 50 anos, que ficaram como que
estigmatizadas, e quem as usar é de imediato atacado como se fosse um perigoso
fascista. Seguro apenas respondeu com o politicamente correcto dos nossos
tempos. Ou seja, reduzir o consulado de Salazar a 48 anos de nada. Os seus
detractores, grande parte ainda vivos, não conseguem, por incómodo ou vergonha,
assinalar sequer a grande obra que o ditador realizou nos primeiros 20 anos do
seu regime. A restauração da ordem nas ruas, a segurança de pessoas e bens, a
consolidação das contas públicas com o pagamento da dívida, os orçamentos equilibrados
e excedentários, o arranque da Economia, o desenvolvimento, enfim. Foi feito à
custa de liberdades que a I República havia prometido e desbaratou em anarquia,
assassínios políticos e desordem pública. A ordem que Salazar restaurou foi
desejada pelas Forças Armadas que lhe entregaram todo o poder, e pelo povo, que
estava farto de desordem. Essa parte, bastante importante, os
"democratas" de hoje, como Soares e Seguro, ignoram e nunca mencionam
sequer. Não é por ignorância, mas sim desonestidade intelectual. Se Salazar
tivesse abandonado o poder em 1950, depois de numa luta hercúlea ter conseguido
salvar o País de intervir na terrível II Guerra Mundial, ainda hoje seria
recordado como um dos maiores estadistas do País. Só quando a geração que apeou
o seu regime pelas armas, que ainda está viva, desaparecer toda, então se fará
a verdadeira e justa história do regime, que como toda a obra humana, teve
coisas más, mas também teve coisas boas. Mas não precisamos de esperar tanto,
para conhecer a verdade com isenção e estudo. Podemos ignorar historiadores
parciais, como Franco Nogueira, que foi Ministro do regime, ou Fernando Rosas,
por ser da extrema esquerda. Mas Filipe Ribeiro de Menezes, formado e doutorado
em História no Reino Unido, com a sua magnífica obra "Salazar",
dá-nos um excelente testemunho do bom e do mau do regime e do homem que o criou.
A não perder.
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