Pode ser que Passos Coelho perceba agora que preside a um Governo de coligação, pelo que não deve simplesmente ignorar o seu parceiro na aplicação das principais decisões governamentais.
Pode ser que Paulo Portas perceba agora que desempenha um papel determinante na estabilidade política do país, pelo que deve pensar mais no país do que nos seus interesses pessoais e partidários.
Pode ser que José Seguro perceba agora que as eleições antecipadas apenas agudizariam ainda mais o estado do país e que não são a solução para abrandar com a austeridade, pelo que deveria assumir uma posição de compromisso e não de "bota-abaixo".
Pode ser que os sindicatos, nomeadamente a UGT, perceba agora que não deve imitar a CGTP, mas sim assumir uma posição de charneira entre o governo, a troika e o patronato, por forma a conseguir entendimentos.
Pode ser que Cavaco Silva perceba agora que deve reunir mais assiduamente com todos estes senhores por forma a evitar que estes tenham posições extremadas e pouco consensuais.
Quanto ao BE, PCP e CGTP, nem vale a pena pensar que tenham aprendido alguma coisa com esta crise, pois nada os afastará das suas posições dogmáticas...
E, já agora, pode ser que o povo português perceba que, quer queiramos quer não, somos um país que se encontra intervencionado, sem (ainda) qualquer tipo de autonomia financeira e completamente dependentes de um acordo assinado com a troika, pelo que a austeridade é algo que estará para ficar durante muitos anos, independentemente do governo que estiver à frente dos destinos do país...
Pedro Peixoto
Subscrevo perfeitamente e espero que os portugueses finalmente que percebam que já não gozam de uma democracia mas vivem num regime de direita. Digo eu.
ResponderEliminarRegime de direita não é sinónimo de regime ditatorial...
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