sábado, 13 de julho de 2013

Como posso acreditar?

Por mais que viva (1943-?) não consigo acreditar que os incêndios, a que os ‘entendidos’ na matéria chamam eufemisticamente de ignições espontâneas, sejam apenas e só uma luciférica causa natural, a menos que a nossa viva colectiva tenha caído no verdadeiro inferno bíblico, que a todos é ‘prometido’ quando praticam(os) pecados mortais ou crimes nefandos.
Os ancestrais comboios puxados com máquinas a vapor já há muito que estão na reforma, portanto, as suas faúlhas já nada atiçam para alimento dos tenebrosos quadros de perdição dantesca.
Por outro lado, já nem o bucólico e amoroso Vouguinha um fósforo aceso vomita, pois cortaram-lhe o 'vício' para toda a vida.
Assim, pergunto, ou serei estúpido? Quem ou o quê incendeia todos os anos o nosso querido Portugal?

José Amaral

3 comentários:

  1. Enquanto o Estado continuar a contratualizar aos privados o combate aéreo aos incêndios, parece mais que óbvio a quem interessa este flagelo. E já nem vale a pena falar dos interesses ligados a outras indústrias ligadas à floresta...

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  2. A juntar a todas essas realidades, há a ter em conta a desertificação dos campos e aldeias, para as quais também contribuiu, o fecho das escolas, serviços públicos, proibição da abertura de poços, enfim um rosário de contradições a matar tradições. Nas fazendas e nas quintas, quando habitadas, eram detectados alguns pequenos focos de incêndio e, por vezes, extintos pelos moradores. Os poços serviam para fornecer água aos moradores e para os primeiros ataques aos incêndios. Depois foram proibidos de abrir, para um hipotética defesa do ambiente e conservação da natureza. Só, depois dum corropio de burocracias caríssimas, se consegue abrir um furo. Tudo foi ficando ao Deus dará e a natureza faz o seu percurso, destruindo no Verão, fazendo nascer na Primavera. Só com mentes mais lúcidas a dirigir o país isto pode ter algum remédio, porque o problema é de fundo e não de fumo.

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  3. E falam dos dificeis acessos... Se houvesse uma correcta organização e delegação de competências talvez as Juntas (ah! tantas que querem fechar)pudessem programar localmente esses acessos. Também a falta de limpeza das matas. Havia e há muito a fazer...

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