A Operação Labirinto em laboração

Eis-nos em plena Operação Labirinto levada a cabo pelas autoridades e que levaram à detenção de mais de uma dúzia de ‘presumíveis’ desonestos, postados em lugares-chave e de topo do Estado, conectados aos almejados vistos dourados.

E nessa labiríntica teia de desonestidade ao mais alto nível da Nação, que não está situada nas margens do Lago Moeris, mas junto às tágides do Tejo, em plena Olissipo, altos cargos teciam ‘cândidos’ encontros em negociatas de milhões, pensando serem talvez Heródoto, Estrabão e Ariadne, travestidos negativamente em verdadeiros trafulhas de raiz lusitana, chafurdando por inúmeros compartimentos de luxo, galerias e corredores, num enredo criminoso, germinado nos mais negros meandros do Poder.

A corja dourada, tal como Midas, que em tudo que tocava transformava em ouro – agora, em proveito próprio -, terá que prestar contas à Justiça e, por castigo, ser enclausurada numa masmorra, - tal como o Labirinto de Cnosso, em Creta, do qual ninguém atinava com a saída, perecendo lá até ao fim dos tempos.

Quem assim seja.

José Amaral