Afinal como
é?
O governo está muito contente porque
afinal (?) o desemprego está a baixar. Depois de algumas discussões filosóficas
sobre se os números apresentados serão verdadeiros, muitos concluíram já que não
é bem assim, porque não está considerada a emigração entre os dados. Estas
dissertações até parecem aqueles longos debates sobre o futebol.
A verdade é que há muita gente
desempregada, muitos jovens sem perspectivas e muitos velhos desaproveitados.
Mas o nosso governo arranjou agora uma maneira de aumentar o desemprego: todas
as autarquias com défice vão despedir pessoal até o valor dos seus ordenados
“pagarem” as contas da autarquia. Estas pessoas – que em muitos casos fazem
falta nas várias competências do poder local – vão sobrecarregar os subsídios de
desemprego e mais grave do que isso são pessoas que ficam sem fazer nada e sem
perspectivas de encontrar ocupação.
Publicado no Jornal Público de 3/11
(e também no DN de 5/11)
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