terça-feira, 25 de novembro de 2014

O que mais irá acontecer? Ou vai tudo rebentar? (DN 24.11.2014 – com outro título)


Quando todas as semanas acontece “algo” que desacredita uma “qualquer” instituição, pública ou privada que afecta os interesses de todos nós portugueses, poder-se-á pensar que o País está a entrar num abismo? Que democraticamente será impossível ganharmos rumo? Que “a bem não vamos lá”?

Por certo todos já nos perguntámos se o controle da banca, pago pelos nossos impostos já não deveria ter funcionado muito melhor, no caso dos dois primeiros bancos que “rebentaram” e então neste caso mais recente, ainda muitíssimo melhor. E se hoje, já não deveria haver - em tatos outros casos -  “responsáveis que dessem o exemplo da sua responsabilidade”, quer sendo exemplarmente punidos, quer pagando com tudo o que pudessem os prejuízos que nos estão a causar, ao País, como um todo.

E poderíamos pensar, porque não são devidamente esclarecidos todos e quaisquer casos de suspeitas de fraudes nas autarquias, nas regiões autónomas, e não só, se existiram, ou não, mas havendo certezas, sem dúvidas, quanto ao passado recente?

E fica/ficou tudo aclarado, ou tal como o caso dos submarinos emerge e imerge ao som de qualquer coisa, que nós comum dos portugueses, não conseguimos entender, e nem nos explicam em condições.

E as comissões e mais comissões que são criadas no Parlamento, terão algum efeito práctico? Alguém pode ser responsabilizado através de “algo” que seja apurado, se o for, numa destas Comissões? Ou será mais tempo de antena para tantos e tantos e tantos, e depois fecha-se o dossier, para mais tarde outro ser aberto, e assim sucessivamente.

Nestes anos, últimos, talvez 20, já tivemos conhecimento de alguém que tenha causado sérios danos públicos que tenha ressarcido o Estado, do que fez? Alguém pagou? O quê? Quanto? Quando? Como?

Não será de nos perguntarmos, que mais terá que acontecer, para de facto sentirmos que em democracia conseguimos viver, mas sem privilégios de uns poucos perante a maioria, qual ditadura?

E tudo teria que ser transparente, tudo teria que nos ser explicado ao detalhe, dado que estamos em total descrédito quanto a “tanta coisa”, neste nosso País. E o País é nosso, não é dos políticos sejam eles de esquerda, direita, ou centro. E ninguém tomou “possessão” mesmo em democracia, do País.

E ninguém pode achar que é alternativa, ao que parece já não ter conserto, quando se seguem caminhos que não são límpidos, compreensíveis, e quando andam sempre os mesmos de todos os lados, tal como os submarinos a emergir e imergir, conforme uns caem, outros se levantam, de todos os lados.

Parece que se perdeu o respeito pela população, pelo país, e que vale tudo, e uns quantos podem fazer tudo com toda a naturalidade, que a maioria – nós população - aguente, e aguenta. Não aguenta, não pode aguentar até ao precipício, sem um vislumbre de ar renomado, dado que se está a achegar ao ponto que não há em quem se possa sequer acreditar, e chegados a este ponto, tudo pode acontecer. Logo, tudo podendo acontecer,  é muitíssimo triste e ainda mais grave.

Augusto Küttner de Magalhães

5 comentários:

  1. Augusto,

    Assino e subscrevo. Bom texto.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Respostas
    1. Quis dizer: Já não sei mais o que dizer ou acrescentar, pois a procissão parou para o anjinho fazer xixi.

      Eliminar
  3. Eles (os DDT) além de nos sugarem o sangue, ainda nos querem por malucos. É preciso não ter-mos medo, e se de facto há corrupção (eu acredito que sim) então tem de existir corruptos e corruptores e sendo assim que se faça justiça, doa a quem doer,sejam eles ricos ou pobres, políticos ou apolíticos.

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.