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sábado, 15 de novembro de 2014
Aero-taxa
Temos então António Costa a propor criação e aumentos de taxas diversas no orçamento para 2015 do Conselho de Lisboa. Talvez sejam necessários, mas fica a nota de que é mais fácil criticar os aumentos dos outros que evitar os nossos.
A nova taxa mais polémica tem sido a taxa turística. Esta taxa destina-se a financiar novos investimentos na área turística. Mais uma nota, quanto à linguagem que se possa ouvir futuramente: quando António Costa falar em promover mais investimentos, há que ter em atenção que é bem possível que na realidade esteja a dizer que vai criar um novo imposto, para então financiar o tal investimento.
A taxa turística tem duas componentes. A taxa de dormidas é comum mundo fora, parece-me não polémica e de interesse local, decidir se sim ou não, quanto e como. Muito mais interessante afigura-se a taxa sobre as entradas no aeroporto e no porto de Lisboa.
Um turista que visite Sintra, ou o santuário de Fátima, vai pagar uma taxa turística a Lisboa? Um cidadão de Loures, emigrado na Suiça, quando venha passar o Natal a casa dos pais, vai pagar uma taxa turística a Lisboa? A lei portuguesa permite tal coisa? E os conselhos em redor de Lisboa não têm nada a dizer? Deve a câmara de Mafra cobrar uma taxa sobre todos os não Mafrenses que saiam na estação de comboio, para visitar o Palácio Nacional? Ou não visitar!... E se o aeroporto estivesse na Ota, como chegou a estar previsto, pareceria natural que o conselho de Alenquer cobrasse uma taxa sobre todos os passageiros não Alenquerenses?
No entanto vejo um ponto potencialmente muito positivo, para Portugal. Esta arte para cobrar taxas por serviços que nem são seus leva-me a pensar que António Costa, primeiro-ministro, vai arranjar o belo de um esquema para fazer com que sejam os nossos vizinhos Espanhóis e Marroquinos a pagar (o resto d)a crise!
1 comentário:
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Já estou TAXAtivamente chateado com tanta TAXA.
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