sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Olhar o debate do OE sem som. (DN.06.11.2014- com titulo diferente)


Olhar o debate do OE sem som. (DN.06.11.2014- com titulo diferente)

Ninguém duvidará que este Executivo, ainda em funções, não quis e nem soube fazer a Reforma do Estado, que está por fazer, e nem o Sr. Irrevogável e por isso segundo primeiro-ministro a soube, ou quis, ou conseguiu fazer.

E, andou-se durante estes anos, em que muito teria tido – no inicio este Executivo - o apoio da população, até pelo cansaço provocado pelo anterior Governo, a apostar única e exclusivamente na austeridade, com grande gozo por ser mais do que o exigido pela troika, e cada diminuição do défice implicou uma aumento da dívida. Não é necessário ser economista, para perceber, basta ver os números de ambas!

Sendo que, ninguém, do nosso espectro político actual, parlamentar, nos apresentou um minúsculo projecto com princípio, meio e fim de putativa Reforma do Estado.

Pelo que assistir em directo e com som ao debate do OE 2025, seria mais do mesmo tudo tão expectável.

Os partidos do Executivo- mau - a aceitar tudo o que o chefe do mesmo diz, para se manterem como “estão”. Os partidos das Oposições, todos agressivamente a berrar, e isto visto uns minutos para não consumir muito tempo, e sem som, sem se perceber - não é necessário - o que diziam. Mas imaginando-se que estavam do contra dado ser essa ali a sua função, bem como, e pela razão inversa, os outros a “favor”.

E os que ainda estão mais do “contra” para darem um ar de mais desprendidos dessas “coisas/ banalidades” materiais” vão sem gravata, os outros de gravata, e, as senhoras, respectivamente, vão sem pinturas e com pouco embelezamento, as outras exactamente o inverso.

O resultado é que se esperava, antes do debate, e com as televisões, todas, diligenciadas em encher horas de telejornais a mostrar exactamente o mesmo de outro perfil e filmagem, com os locutores no local a traduzir do português para português, o que cada um disse, não fosse nós já nem português entendermos.

Depois, virá o espaço para os comentadores, e os comentadores dos comentadores.

Esperemos - sem grande certeza - um dia conseguir ver de todos os lados no Parlamento, gente diferente, gente empenhada, gente não preocupada em mostrar aspecto de esquerda ou de direita, mas conteúdo, sem berros, construíndo alternativas e fazendo futuro consistente.

Tudo o resto é muito mau, mais do mesmo e desprestigiante para todos os políticos e para todas as políticas, mas os que lá estão não acreditam em nós, ou não querem acreditar, e como percebemos, dado apesar de tudo ainda entendermos, não querem nem vão mudar.

Augusto Küttner de Magalhães

2 comentários:

  1. Eles não só 'não acreditam em nós' como fazem pouco de nós, o que ainda é pior.

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