Olhar o debate do OE sem som. (DN.06.11.2014- com
titulo diferente)
Ninguém duvidará que este Executivo, ainda em funções,
não quis e nem soube fazer a Reforma do Estado, que está por fazer, e nem o Sr.
Irrevogável e por isso segundo primeiro-ministro a soube, ou quis, ou conseguiu
fazer.
E, andou-se durante estes anos, em que muito teria
tido – no inicio este Executivo - o apoio da população, até pelo cansaço
provocado pelo anterior Governo, a apostar única e exclusivamente na
austeridade, com grande gozo por ser mais do que o exigido pela troika, e cada
diminuição do défice implicou uma aumento da dívida. Não é necessário ser
economista, para perceber, basta ver os números de ambas!
Sendo que, ninguém, do nosso espectro político actual,
parlamentar, nos apresentou um minúsculo projecto com princípio, meio e fim de
putativa Reforma do Estado.
Pelo que assistir em directo e com som ao debate do OE
2025, seria mais do mesmo tudo tão expectável.
Os partidos do Executivo- mau - a aceitar tudo o que o
chefe do mesmo diz, para se manterem como “estão”. Os partidos das Oposições,
todos agressivamente a berrar, e isto visto uns minutos para não consumir muito
tempo, e sem som, sem se perceber - não é necessário - o que diziam. Mas
imaginando-se que estavam do contra dado ser essa ali a sua função, bem como, e
pela razão inversa, os outros a “favor”.
E os que ainda estão mais do “contra” para darem um ar
de mais desprendidos dessas “coisas/ banalidades” materiais” vão sem gravata,
os outros de gravata, e, as senhoras, respectivamente, vão sem pinturas e com
pouco embelezamento, as outras exactamente o inverso.
O resultado é que se esperava, antes do debate, e com
as televisões, todas, diligenciadas em encher horas de telejornais a mostrar
exactamente o mesmo de outro perfil e filmagem, com os locutores no local a
traduzir do português para português, o que cada um disse, não fosse nós já nem
português entendermos.
Depois, virá o espaço para os comentadores, e os
comentadores dos comentadores.
Esperemos - sem grande certeza - um dia conseguir ver
de todos os lados no Parlamento, gente diferente, gente empenhada, gente não
preocupada em mostrar aspecto de esquerda ou de direita, mas conteúdo, sem
berros, construíndo alternativas e fazendo futuro consistente.
Tudo o resto é muito mau, mais do mesmo e desprestigiante
para todos os políticos e para todas as políticas, mas os que lá estão não
acreditam em nós, ou não querem acreditar, e como percebemos, dado apesar de
tudo ainda entendermos, não querem nem vão mudar.
Augusto Küttner de Magalhães
Eles não só 'não acreditam em nós' como fazem pouco de nós, o que ainda é pior.
ResponderEliminarE parece terem gozo que assim continue....
Eliminaraugusto