quarta-feira, 19 de novembro de 2014

De tempos a tempos

De tempos a tempos – encerrado para balanço temporal – perco tempo pensando que certamente não empreguei bem o tempo, deixando passar o tempo, que no meu anterior tempo talvez tivesse perdido tempo de mais, ficando, por isso, sem tempo para chegar a tempo de ter tempo de confessar que, certamente, já não terei tempo de perder mais tempo, porque se aproxima o tempo que o tempo não perdoa de não ter feito cada coisa a seu tempo, pois matei o tempo com muitas banalidades, ou até tomando o tempo de alguém, quando o tempo já estava em marcha, pelo que já não tinha condições de ganhar mais tempo.
E como dizem que o tempo é dinheiro, já perdi demasiado tempo que o tempo graciosamente me concedeu.
Entretanto, vou pedir ao tempo que me dê mais tempo para escrever aqui, enquanto ainda houver tempo de eu me dirigir a si.


José Amaral

5 comentários:

  1. E espero eu que haja TEMPO para que continue a dirigir-se a mim.
    Abraço.

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  2. O tempo é infinito, porque é anterior e é posterior a nós. A contagem do tempo é uma necessidade criada pelo homem. Cada um utiliza o "seu tempo" conforme puder e entender, porque sendo o tempo de todos, não é de ninguém.

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  3. Ainda bem que cheguei a tempo para que, com algum tempo, ver o que Luís Robalo, Céu Mota e Joaquim Tapadinhas escreveram sobre o 'meu' tema tempo.

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  4. E, afinal, o tempo é que fica. Nós ficamos sem tempo porque um dia destes partimos sem dar conta do tempo.

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