Sem querer ‘bater mais no ceguinho’, nem ‘chorar sobre o
leite derramado’, que tanto pode atrair rato ou gato, o certo é que forte ‘cheiro
a esturro’ já há muito que pairava no ar, à mercê de apurados olfactos, que
tudo faziam e fizeram para saber de onde provinha tal torrefacção.
E, por mais que o ‘quinteto de cordas’ actuasse em surdina,
os hieróglifos da pauta, meticulosamente engendrados e ‘engenheiradamente’ elaborados
em locais onde o tom do diapasão era abafado, foram descodificados, pelo que o
lamiré veio ao de cima e o ‘caldo entornou-se’ e o ‘concerto’ finou-se.
Agora, resta apurar toda a verdade para que a borrasca
termine de vez, para que os alvores da verdade sejam promissores e perenes,
pois não quero também chegar a duvidar de mim próprio – ‘comprando-me’ por ‘tuta-e-meia’.
José Amaral
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