quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O AR PURO DA PLANÍCIE ALENTEJANA




Está um lindo dia de chuva. 

Estou com vontade de dar um passeio. Quando a minha aprimoradíssima enfermeira chegar, peço-lhe que mude a fralda e me componha para sairmos. Devemos avisar o motorista que ateste o depósito do mercedes, que eu não a pago e posso ir onde quiser e muito bem me apetecer.

Vou visitar um amigo que se mudou agora para Évora, e eu bem compreendo as suas razões: a vida nas grandes cidades é muito agitada, sempre num frenesim. Não temos tempo para nada, nem para estar com os amigos.

Viver numa grande cidade não é qualidade de vida, quem disser o contrário mente, e eu odeio mentiras.

Ele sábio que é, optou pela tranquilidade bucólica do campo, numa casa que já me disseram apalaçada, cheia de quartos e salas, com as janelas a olharem para a planície.

Escolheu o recolhimento e a leitura e faz bem.

É um grande homem este meu amigo. Estuda filosofia. Haverá tema mais belo e profundo para se estudar?

Vou lá passar o dia com ele, e quem sabe, se me convidar ainda fico por uma temporada.


Fazia-me bem o ar do campo 

4 comentários:

  1. Os ares do campo sempre fizeram bem ...
    Interessante.

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  2. Há algo no ar que torna o Alentejo mais atractivo e merecedor do interesse geral. É o "cante" alentejano considerado património imaterial da humanidade, ao mesmo tempo que é o local escolhido para recolha de um ex-Primeiro Ministro, em apuros com a justiça. O Alentejo está na moda e tem agora mais motivos de atracção. É a vidinha!

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