A nossa destruição rápida do “ser” (COM OUTRO TITULO)
Por certo que esta crise económica e financeira que
estamos a viver, sem fim à vista, é muito mais abrangente que “unicamente” a
estas duas áreas.
Ou seja, trata-se de um aglomerado de crises, de tal
forma intensas que mesmo com pequeníssimos e possivelmente inconsistentes
sinais de recuperação, tudo o resto continua em total degradação.
“Este” estarmos a viver na espuma dos dias, tudo muito
superficialmente, sem conteúdo, demasiado no imediato, aumenta o vazio que
tanto nos rodeia.
Ao continuarmos a perder valores, a cada dia que
passa, achados indignos para esta segunda metade do século XXI, como o respeito
por nós e pelos outros, educação, cidadania, princípios e comportamentos em
sociedade, dignos de Pessoas que ainda somos, vamos cavando e prolongando um
tempo vazio, sem consistência, demasiado descartável.
Como seres humanos, apesar de parecer que andamos por
cá há pouco tempo, temos séculos e séculos de presença, de nossos iguais, menos
desenvolvidos nuns sentidos e talvez mais, noutros, se bem que em épocas
distintas. Com erros e situações também muito positivas e evolutivas, para aqui
chegarmos como estamos em alguns aspectos civilizacionais e até de muito
progresso.
Mas, como é deselegante, não é “fixe”, hoje, pensar -
caiu em desuso “pensar”, - ler, defender Cultura e “isto” são banalidade, não
temos memória e obrigam-nos a esquecer a História que não seja no máximo a do
mês passado. E vamos vivendo no imediatismo, no superficial, mas onde “parece”
ser o que está a dar, o “fixe”.
Algo que por muito que custe a muitos tem imensa
influência neste estado a que chegamos é a Justiça. Já Impérios fortes e
antigos se derreteram quando a Justiça deixou de funcionar, quando a Justiça
caiu na ruína, quando a Justiça deixou de ser tomada com a máxima seriedade,
independência e respeito, e estamos outra vez, a viver esses tempos. E não é
necessário apontar um único exemplo para isso entendermos, ou até já o termos
sentido.
Quantos de nós, nos andamos a tincar, a trucidar, a desconjuntar
e a mais desconstruir, iremos desesperada e descaradamente bater na parede, e
já esteve mais longe a parede para a qual nos dirigimos em grande velocidade,
todos, mesmo os que para tal não tenhamos contribuído activamente.
Não haveria necessidade de sempre ter que baixar,
tanto, para depois iniciar a lenta subida. Mas será uma vez mais, está visto
esse o percurso, face a este declínio sem paragem!
Augusto Küttner de Magalhães
O estampanço poderá ser o nosso destino, a menos que a parede para o embate seja derrubada.
ResponderEliminarPois, vamos direitos contra a parede!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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