FANATISMOS
Fanáticos de religiões, fanáticos de ideais políticos, fanáticos de futebol!
Já houve reis, imperadores, grandes líderes fanáticos que quiseram
conquistar o mundo. Uns querem-no fazer pelas armas, outros pela
religião, outros pela economia e conquista dos mercados.
Por detrás está sempre a convicção, quase que de índole ariana, de que são superiores; os maiores, e como tal arrogam-se
do direito de impor seus valores sociais, políticos ou religiosos,
quase que exigindo que se lhes reconheça superioridade dos seus
valores!
Quem gosta da história da evolução dos povos. Sabe
que desde a formação de clãs e tribos foi sempre luta contínua pela
posse de mais terras, mais e mais poderio!
Nunca o Homem, na
sua diversidade, teve a intenção de manter harmonia, mas sim ver quem
mais conquistava, aproveitando a fraqueza dos outros!
Começando pelo grego Alexandre, “o Grande”, (sem ir aos egípcios) , pela
formação e expansão do império romano, reinou sempre o intuito de
alargar fronteiras e nelas seu domínio! Todavia, o que acontece, é que
caem sempre no erro do mais olhos que barriga! Como tal, cresceram,
cresceram, mas depois implodiram!
Em tempos recentes tivemos o
desmoronar dos impérios das potências coloniais ocidentais! Lá se foi o
império inglês, o português, o alemão, o francês, etc! Porquê? Porque
ter muita terra é uma coisa, dominar povos, que nela habitam, é coisa
totalmente diferente e dá as consabidas consequências bélicas.
A queda do império romano foi, por necessidades militares, devida à
contínua imigração dos chamados povos bárbaros, que bordejavam as
fronteiras do império nele iam entrando, sendo assimilados, para
diversos fins, incluindo engrossar as legiões para a expansão imperial.
Só que, como todos sabem, os ditos bárbaros, sentindo-se já com força
suficiente, já não temiam, numa altura de fraqueza, a Roma imperial e
dela tomaram posse.
A queda do império deu origem a muitas
nações, que perduram até aos nossos dias, se bem que, sem o império
romano e a sua organização, outros povos, os árabes, foram penetrando na
Ibéria, subindo, subindo, até que, preparando-se para passarem os
Pirinéus, foram detidos em Covadonga, onde foram derrotados. A partir
daí começou a reconquista cristã, que durou até aos Reis Católicos, em
cujo reinado a Península Ibérica ficou livre dos mouros, que a queriam
subjugar, na sequência de desavenças entre os últimos reis Visigodos,
que lhes abriram as portas!
Nas relações entre seres humanos
verifica-se mútua influência, sendo que uns absorbem maior percentagem
dos usos e costumes dos outros. Assim, após as descobertas, feitas pelos
portugueses, e outros, o Oriente, é vero constatar tal, assimilou o
fato e gravata, mas o Ocidente não assimilou o quimono ou turbante!
Lentamente, o Oriente foi assimilando comportamentos civilizacionais
ocidentais, enquanto o Ocidente, mais tecnológico, mais industrial e
comercial, mais virado para o Ter do que para o Ser, ia contactando com
valores orientais, mais centrados na espiritualidade!
Atualmente, por analogia com os bárbaros importados por Roma, que a
destruíram, o Ocidente, após a Revolução Industrial, para o seu
desenvolvimento “importou” milhões de orientais e africanos, para
satisfazer a necessidades de mão- de -obra.
No tempo da
escravatura, chegou-se a considerar que os negros não tinham alma!
Eram apenas coisas que podiam ser livremente usadas! Hoje, embora
oficialmente a escravatura tenha acabado, reina, ainda, sob múltiplos
disfarces, a exploração do ser humano, por parte dos herdeiros dos
grandes senhores, sempre ávidos de milhões de escravos, não sendo de
admirar consequentes revoluções de espártacus.
Acontece que os
imigrados, para o Ocidente, aos milhões, vindos de fora das
fronteiras dos impérios das Romas modernas e desenvolvidas, estão
agora causando problemas e eis que ressurgem os históricos fanatismos,
verificando-se que os imigrados, apenas querem ter os benefícios
económicos financeiros , mas não assimilados aos usos e costumes das
casas ou dos países que os acolhem! Claro que dá sempre mau resultado
querer impor nas casas dos outros o seu modus vivendus
Daí que,
escudados nas suas crenças e em ódios antigos, aí estão os fanatismos de
volta, havendo quem queira conquistar Romas, Andaluzias e Portugais e
matar milhões de infiéis que lhes apareçam pela frente! Loucura total!
Em plena era de mais cultura, mais intercomunicação, mais conhecimentos
científicos, assiste-se a novos fanatismos religiosos, como que se
fosse possível o mundo, com suas variadas paisagens, ficar reduzido a
uma única selva ou a um só deserto, a um só clima, a só noite ou a só
dia!
Curioso que, geralmente, as religiões, postulam o Bem, mas
dão provas em contrário, quando em seu nome perpetram barbáries, para
impor, pela força, suas convicções. Caem naquela do: Não ligues ao Frei
Tomás, que só diz, mas não faz!
Por trás ficaram guerras
santas de deuses contra outros, feitas pelos seus ditos representantes,
mas que, agora, parecem ressuscitar, com garantia, como recompensa, de
muitas virgens no céu! Blá blá blá.
Todos dizem que Deus só há
Um! Mas, afinal, cada um parece ter o Seu! Como tal eternas invasões
de mouros, eternas Covadongas e reconquistas! Tantas ânsias de
conquistas de tantas Romas!
Tantas cruzadas cristãs, em busca do Santo Graal ; do petróleo, da conquista, ( já não de terras), mas sim de mercados!
Voltando à teoria da influência de quem é que influencia quem, o
aceitável seria que no contato entre povos, cada um assimilasse o que
para si achasse melhor, sem imposições de governos, de líderes, de
reis, de imperadores e ditadores., mas tudo dentro do são princípio do
respeito mútuo!
Nada substitui a liberdade de cada um escolher
seu político, (ou nenhum), seu deus, (ou nenhum) seu clube, (ou
nenhum) seu prato de carne (ou ser vegetariano), etc.
Porém, degolado, enforcado, fuzilado, é que não permite escolha possível!
Por último, lembrei-me colocar aqui um texto meu, publicado na imprensa em 2008:
O NEXUS CAUSAL É O MAL!
O nexus causal do progresso é o Mal!
Dito isto, tenho que tentar demonstrar, para suportar esta minha afirmação, o seguinte:
1º-Os exércitos de todo o mundo, marinhas, forças aéreas, existem
devido ao mal. São milhões de homens e mulheres que se ocupam e ganham a
vida nas indústrias d’armamento e afins. Logo o Mal, através da guerra,
é fator de progresso! Causa a pesquisa de melhores armas.
2º-Milhões de polícias, de guardas prisionais, prendem e guardam milhões
de gatunos, milhões de assassinos, burlões, de corruptos, violadores,
pedófilos, julgados em milhões de tribunais, milhões de juízes,
ajudados por milhões de oficiais de justiça, defendidos por milhões de
advogados. Tudo devido a quê? Graças ao Mal!
Se não fosse o Mal o Diabo estaria desempregado!
3º-Centenas de religiões, com milhões de elementos das suas
hierarquias, ganham a sua vidinha, graças aos seus milhões de fiéis,
fazem promessas e pagam tributos aos Deuses por causa de quê? Para se
livrarem do Mal e verem seus pecados perdoados!
De notar que Deus, com sua omnipotência, convive com o Mal e com ele governa o mundo e dividem o destino das almas!
4º-Milhões de proxenetas vivem bem, graças ao Mal de explorar milhões
de prostitutas, que vivem do mal do pecado da luxúria carnal!
5-ª Milhões de médicos e enfermeiros vivem graças ao Mal dos outros!
6-ºMilhões de políticos, nos governos e nas Câmaras vivem do Mal de enganar o próximo, (e o longínquo) e da corrupção!
O Mal é o maior fator do progresso!
Graças ao mal de haver pobreza e muita fome é que aparecem boas
pessoas, com milhões, a darem tostões! Não veem o exemplo da
contribuição para o Ébola?!
Se não fosse o mal do sacrifício e martírio não haveria santos e suas caixas de esmolas!
Vejam lá, se não é o Mal que desenvolve o negócio! do Bem!
Se reinasse só o Bem, seria como um lago, de águas paradas, sem vento para o agitar, para o oxigenar! Ficaria fétido!
Se não fosse o Mal, a proporcionar o maior número de empregos a quem trabalha no Bem, este estaria no desemprego!
Termino não dando vivas ao Mal, porque senão viria alguém prender-me, e
lá iria eu dar algum a ganhar a quem vive do Mal para fazer o Bem!
Mas, verdade é, o Homem, com vida sem pecado não estaria tão ocupado!
Nunca houve um século, um ano, um dia, que não houvesse guerra em algum
lado, promovido pelo Mal, dando trabalho ao Bem para se conseguir a
paz! Depois, volta-se ao mesmo! A melhor parte é nos intervalos!
Que Deus (o vosso) vos abençoe.
Sejam boas pessoas e ponham o Mal no descanso!
Pelo menos, para ganhar experiência, não façam mal a outros, mas, de preferência, a vós próprios, para saber como é bom!
O Bem agradece.
A solução final, para que no mundo reinasse o Bem, seria cada um de nós
expulsar o Mal que dentro de si tem ou que, pelo menos, os intervalos
fossem maiores
……………xxxxxxxxxxx………………
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar.
Nota: Este trabalho não pretende ter rigor histórico nem verdades
absolutas. É apenas um livre discorrer sobre o mundo e sua marcha.
Diferente em cada rotação; ora deve, ora somos credores!
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