segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Brincar aos sindicatos


Sou dos que respeitam e consideram importantíssimo o trabalho da polícia, mas só por idealismo escolheria tal profissão, tão grande é o espírito de sacrifício que lhes é exigido por tão magra recompensa; são por isso frequentes as reclamações daqueles homens, que nem sempre serão compreendidos.

Todavia, percebem-se mal as habilidades que no JN são reportadas, da criação de sindicatos por todo o lado, só para terem folgas no trabalho, com 2.800 agentes dispensados do serviço por essa via, num total de 31 mil faltas!

De facto, 15 sindicatos, estando prestes a surgir mais um, numa única organização policial, é uma vergonha que só descredibiliza o sindicalismo; o conhecido presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, diz a este respeito que, como a lei está, até uma simples esquadra pode criar um sindicato, surgindo daí os dirigentes e delegados a pedir dispensa de serviço.

Desde 2010 que os comandos da PSP reclamam por uma lei que ponha termo a este estado de coisas, só que no Parlamento não tem havido pressa, levando o constitucionalista Vital Moreira a questionar como tem sido possível ignorar este despautério...



Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Quanto mais divididos, melhor. Foi sempre um objectivo do poder patronal e governamental para quem trabalha por conta de outrem. E nos sindicatos até ajudam ou promovem a constituição de alguns para combater os que verdadeiramente defendem interesses e direitos de quem trabalha. O resultado é o que se passa na PSP e não só, a nível de sector público e privado. Antes de Abril de 1974, durante o corporativismo-fascista, para além do controlo dos sindicatos e da sua proibição para alguns sectores, tal era ainda reforçado com a sua divisão por profissões impedindo que numa empresa os trabalhadores tivessem um único sindicato vertical abrangendo todos os trabalhadores independentemente da sua profissão.

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