domingo, 6 de maio de 2018

                                                  A MINHA HOMENAGEM

À Mãe, que sofre uma exploração infame mas não vira a cara à luta para que não falte o pão na mesa.
À Mãe, covardemente ameaçada por um qualquer "piedoso" cristão, de perder o seu posto de trabalho, quando revela que vai dar vida a um novo ser.
À Mãe, que ao dar vida a esse novo ser, fica irremediàvelmente debilitada.
                                                   (mudando de agulha)
Debilitada e dependente.
E nós? Qual é o nosso papel, diante de tamanha grandeza?
Irrelevante, digo eu.
Escudamo-nos em conceitos ultrapassados ( porque mesquinhos), de pretensa superioridade.
Sexo-forte. Barão. Chefe de família.
Na realidade, apenas damos um empurrão...
Gastrosexualmente falando, nós só damos o molho.

José Valdigem



5 comentários:

  1. E quantas vezes esse "esguicho" é material contaminado, multiplicando no mundo os tarados e imbecis!...

    Mas, das coisas bonitas, reproduzo um poema de Teresa de Calcutá, que o jogador de futebol André Silva dedica a sua mãe, através do JN:

    "Ensinarás a voar; mas não voarão o teu voo; ensinarás a sonhar, mas sonharão o teu sonho; ensinarás a viver, mas não viverão a tua vida; ensinarás a cantar, mas não cantarão a tua canção; ensinarás a pensar, mas não pensarão como tu. Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem, estará a semente do caminho ensinado e aprendido".

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  2. Os meus caros companheiros de escrita "bloguista" estão muito laudatórios para as Mães ( no que os acompanho ) mas... muito cáusticos com os Pais! "Molho"? "Esguicho"? Então não "sobra" nada de mais para nós que ajudamos a fazer os filhos, os amamos e... amamos as Mães deles?

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    1. Sobra, sim senhor. Apesar da fraca participação no processo de fabrico duma criatura, o nosso amor pela mesma, é tão grande como o da Mãe. O que não deixa de ser curioso.
      Repassando isto para a área cinematográfica, elas são o produtor, o realizador, o actor principal, tudo. Nós, pouco mais do que um figurante. E às vezes acidental.

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  3. E muito importante esta "auto-flagelação" para nos redimirmos de muita coisa ruím...

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    1. É como diz o meu amigo Adélio Serra: ora bom, ora bom...

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