Do “fiasco” do e-book
A notícia do JN começa por dizer que os jornais online ainda
não substituíram os jornais em papel; a televisão não acabou com a rádio; os
DVD não destruíram o cinema e os e-books também não acabaram com os livros em
formato tradicional.
No que aos livros diz respeito, no caso português, são
referidos os múltiplos factores que concorrem para essa realidade, como o custo
dos dispositivos móveis, a iliteracia digital e os fracos hábitos de leitura; e,
neste aspecto, é pena que o “jingarelho” que permite a leitura não contribua
para aumentar esse hábito enriquecedor naqueles que dominam a tecnologia.
E, na verdade, a imensa quantidade de gente que “vive bem”
sem leitura faz sentir essa lacuna por todo o lado e nos
mais ínfimos pormenores; de facto, só dizem e escrevem baboseiras, de que nem
fazem a menor ideia, como aquele título
que um dia destes encimava um chorrilho de inanidades: “A procissão ainda não
saíu da igreja, nem sequer chegou ao adro”! Enchem as redes de comunicação de
enormes quantidades de lixo e se alguém lhes fizer sentir essas deficiências,
em vez de se corrigirem e procurarem melhorar, leva “chumbo grosso” na resposta
ou, o que acaba por ser melhor, não leva resposta nenhuma...
Por mim, que sou do tempo em que muitos dos livros com que
me deliciava ainda traziam as páginas ligadas, começando logo na sua separação
o gozo do livro, nunca seria capaz de deixar de os comprar, a menos que, por “desgraça”,
desaparecessem do mercado!
Amândio G. Martins
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