domingo, 6 de maio de 2018

O FESTIVAL, FÁTIMA E O FUTEBOL




O festival, que andava pelas ruas da amargura cá pelo burgo, à boa maneira portuguesa que se vai do oito ao oitenta num abrir e fechar de olhos, com a vitória do Sobral,voltou a concentrar todas as atenções. Mas,este ano, longe de mim armar-me em crítico musical, no entanto, como toda a gente, tenho os meus gostos. Assim, acho a coisa tão deslavadinha, benza-a Deus, que, ou me engano muito, ou os ânimos vão esmorecer. E muito. Valha-nos talvez o facto de o evento se realizar por cá...
Quanto a Fátima, é verdade que ainda faltam 7 dias para o aniversário do alegado aparecimento da Senhora, mas não deveria já notar-se o habitual movimento peregrino? Ou será que o pessoal começa a duvidar até dos milagres da Imaculada?
Em relação ao futebol, a coisa fia mais fino! O Porto ganhou o campeonato, o Sporting e o Benfica, seguiram-se-lhe. Até aqui tudo normal. O que deveria ser anormal, são as secas monumentais que temos de gramar com os intermináveis comentários, análises e palpites sobre a matéria, em tudo o que é rádio ou televisão. Não está em causa a modalidade desportiva em si, que até é muito interessante, mas digam lá se não é demais? Muito pior que no tempo do fascismo. Quem ganha com este exagero? Evidentemente que os donos dos canais televisivos, das rádios e a quem convém o Zé Povinho o mais entretido e alienado possível; uma minoria, e quem manda no grupo RTP, o Governo.
A terminar, se não passo eu também a dar uma grande seca, já repararam que substitui o festival pelo fado. Mas, sem qualquer desprimor para este! Antes pelo contrário! Deixou de contar dramalhões de faca e alguidar, de dor de cotovelo, e de amores delicio-doces, evoluiu sem perder a matriz e, para nosso orgulho, até já é Património Imaterial da Humanidade.
Valha-nos alguma coisa! Neste caso, o fado.
Francisco Ramalho
Corroios, 6 de Maio de 2018

3 comentários:

  1. Muito pior que no tempo do fascismo (sic)?! Uau, foi o Francisco Ramalho que o disse!...

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  2. Neste aspecto dos comentários, não é? E é só nesse aspecto que me refiro.

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  3. Em nenhum, caro Francisco, em nenhum! Como termo de comparação nunca, mas nunca, se deve usar o fascismo ou um fascista!

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