O festival, que
andava pelas ruas da amargura cá pelo burgo, à boa maneira
portuguesa que se vai do oito ao oitenta num abrir e fechar de olhos,
com a vitória do Sobral,voltou a concentrar todas as atenções.
Mas,este ano, longe de mim armar-me em crítico musical, no entanto,
como toda a gente, tenho os meus gostos. Assim, acho a coisa tão
deslavadinha, benza-a Deus, que, ou me engano muito, ou os ânimos
vão esmorecer. E muito. Valha-nos talvez o facto de o evento se
realizar por cá...
Quanto a Fátima, é
verdade que ainda faltam 7 dias para o aniversário do alegado
aparecimento da Senhora, mas não deveria já notar-se o habitual
movimento peregrino? Ou será que o pessoal começa a duvidar até
dos milagres da Imaculada?
Em relação ao
futebol, a coisa fia mais fino! O Porto ganhou o campeonato, o
Sporting e o Benfica, seguiram-se-lhe. Até aqui tudo normal. O que
deveria ser anormal, são as secas monumentais que temos de gramar
com os intermináveis comentários, análises e palpites sobre a
matéria, em tudo o que é rádio ou televisão. Não está em causa
a modalidade desportiva em si, que até é muito interessante, mas
digam lá se não é demais? Muito pior que no tempo do fascismo.
Quem ganha com este exagero? Evidentemente que os donos dos canais
televisivos, das rádios e a quem convém o Zé Povinho o mais
entretido e alienado possível; uma minoria, e quem manda no grupo
RTP, o Governo.
A terminar, se não
passo eu também a dar uma grande seca, já repararam que substitui o
festival pelo fado. Mas, sem qualquer desprimor para este! Antes pelo
contrário! Deixou de contar dramalhões de faca e alguidar, de dor
de cotovelo, e de amores delicio-doces, evoluiu sem perder a matriz
e, para nosso orgulho, até já é Património Imaterial da
Humanidade.
Valha-nos alguma
coisa! Neste caso, o fado.
Francisco Ramalho
Corroios, 6 de Maio
de 2018
Muito pior que no tempo do fascismo (sic)?! Uau, foi o Francisco Ramalho que o disse!...
ResponderEliminarNeste aspecto dos comentários, não é? E é só nesse aspecto que me refiro.
ResponderEliminarEm nenhum, caro Francisco, em nenhum! Como termo de comparação nunca, mas nunca, se deve usar o fascismo ou um fascista!
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