Decisão pouco equilibrada...
O estourar dos foguetes é a primeira coisa que se ouve quando
se anunciam festas e romarias; e na zona do país onde vivo e de onde sou
natural, onde as ditas se multiplicam, romaria sem foguetes é questão que nem
se põe, tão enraizada está nos costumes essa tonitruante demonstração, pelo que
a lei que mediu tudo por igual constitui uma prova de força desnecessária.
Não apreciando nem um pouco essas descargas de “trovoada
seca”, a proibição total ao uso de material pirotécnico não me parece fazer
sentido; de facto, atribuír o mesmo grau de perigosidade a uma festividade no
alto de uma ermida, rodeada de mato por todos os lados, e às festas da Senhora
D´Agonia, onde fez escola um tipo de fogo artístico que se desencadeia em
mecanismo específico em cima da água parece-me desajustado.
Nem colhe a ideia de que, abrindo excepções, ninguém mais
respeitaria regra nenhuma; é que há situações tão distintas que deveriam ter
sido contempladas, não se entendendo que seja medido tudo pela mesma bitola,
privando injustamente os apreciadores daquela arte e causando prejuízos
difíceis de compensar aos profissionais do ramo...
Amândio G. Martins
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