sexta-feira, 24 de agosto de 2018


Decisão pouco equilibrada...


O estourar dos foguetes é a primeira coisa que se ouve quando se anunciam festas e romarias; e na zona do país onde vivo e de onde sou natural, onde as ditas se multiplicam, romaria sem foguetes é questão que nem se põe, tão enraizada está nos costumes essa tonitruante demonstração, pelo que a lei que mediu tudo por igual constitui uma prova de força desnecessária.

Não apreciando nem um pouco essas descargas de “trovoada seca”, a proibição total ao uso de material pirotécnico não me parece fazer sentido; de facto, atribuír o mesmo grau de perigosidade a uma festividade no alto de uma ermida, rodeada de mato por todos os lados, e às festas da Senhora D´Agonia, onde fez escola um tipo de fogo artístico que se desencadeia em mecanismo específico em cima da água parece-me desajustado.

Nem colhe a ideia de que, abrindo excepções, ninguém mais respeitaria regra nenhuma; é que há situações tão distintas que deveriam ter sido contempladas, não se entendendo que seja medido tudo pela mesma bitola, privando injustamente os apreciadores daquela arte e causando prejuízos difíceis de compensar aos profissionais do ramo...


Amândio G. Martins

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