A crise
económica e financeira que ensombra os céus da Turquia tem causas que devem ser assacadas a Erdogan, que não hesitaria
em reclamar os louros de eventuais êxitos, caso os houvesse. Com pesar pelo
povo turco, que é quem vai “pagar as favas”, não consigo deixar de esboçar
algum contentamento por julgar possível que esta crise pode ser o princípio do
fim da ditadura. Quase apetece felicitar Trump por estar a dar uma ajudinha na
queda do ex-comparsa, com quem, há três meses, trocava fortes apertos de mão e
juras sabe-se lá de quê. O problema, no entanto, é que, sendo de saudar este possível
efeito colateral da política externa americana, já se entrevêem, no horizonte
mais longínquo, algumas das terríveis consequências, a nível mundial, daquela
política. Trump soma êxitos fugazes dentro de portas, sem dúvida, mas, como se
verá, eles esfumar-se-ão no médio e longo prazos. Qualquer dona de casa, sem
ofensa, não faria pior pela economia americana, que penará por muitos e longos
anos na esteira da visão imediatista e irresponsável de um magnata primário.
JN - 05.09.20118 (título alterado para "O princípio do fim de Erdogan").
JN - 05.09.20118 (título alterado para "O princípio do fim de Erdogan").
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