domingo, 5 de agosto de 2018


O embuste do “ouro branco”...


As pessoas mais avisadas percebem facilmente que, quando os espertalhões querem impor um exotismo qualquer, começam por lhe arranjar uma terminologia apelativa, com o fim de entorpecer às gentes a capacidade de discernir.

No maciço montanhoso que separa o Alentejo do Algarve, composto pelas serras do Caldeirão, Espinhaço de Cão e Monchique, do que julgo saber da vegetação autóctone sobressaíam alfarrobeiras, azinheiras, medronheiros, figueiras e também oliveiras.

Num clima daqueles, fortemente exposto às influências africanas, a ninguém consciente da terra que pisa e do respeito que lhe deve passaria pela cabeça infestar aquela zona de eucaliptos; mas foi o que alarvemente fizeram, tendo agora pela frente o fogo devastador, certamente com os mentores do fraudulento “ouro branco” assistindo à desgraça daquela terra no conforto do ar condicionado...


Amândio G. Martins

1 comentário:

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