O lendário e velho mar Mediterrâneo,
conhecido desde a mais remota antiguidade, berço de grandes impérios, palco de gloriosas
batalhas entre povos de todas as matizes, sempre foi no decorrer da história, uma das
mais importantes vias marítimas que se tem notícia.
Nesta importante artéria, não corre
somente o sangue daqueles que tombaram em épicas lutas por um planeta melhor,
corre também, o sangue negro representado pelo petróleo que ali é escoado do
oriente médio para energizar o nosso mundo.
A importância estratégica desta rota teve um aumento
decisivo, com abertura do canal de Suez (195 km) a partir de 1869, que ao interligar
o mar Mediterrâneo ao mar Vermelho, excluiu por completo o complemento
terrestre então usado. Neste contexto, outro fato marcante, foi à
internacionalização do uso do canal, inclusive para navios de guerra, através da
Convenção de Istambul de 1888, que continua a vigorar, mesmo após a sua
conturbada nacionalização pelo Egito.
Em vista aos fatores climáticos esta magnifica obra de arte,
tem encontrado uma significativa concorrência com uma nova rota alternativa, através
do Ártico.
A China pela sua vocação fortemente
exportadora, visando tornar seus produtos mais competitivos que já o é, com a
Europa, foi um dos primeiros a utilizar esta nova rota alternativa através do
polo Ártico, que atualmente só é possível durante 4 meses, devido ao degelo
causado pelo aquecimento global. Num futuro próximo, durante todo ano, ao dotar
seus navios de modernos quebras gelos. Tem-se conseguido reduzir de 48 dias (Suez) para 33 dias (Ártico), com uma
queda de 30% nos custos de transporte entre o porto no nordeste da China, ao
porto da cidade holandesa de Roterdã.
Ora aqui está, no último parágrafo, uma informação que eu não possuía.
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