Perdoa-me, Luís Vaz...
...O desplante de ir buscar à tua obra magna apoio para
congratular um compatriota que, em terras de Vera Cruz, “por obra valerosa se
vem da lei da morte libertando”; e faço-o porque ele próprio te citou, para
fazer frente à “enveja” com que se esforçam por diminuír o seu trabalho:
“Cessem do sábio grego e do troiano/ As navegações grandes
que fizeram/ Cale-se de Alexandre e de Trajano/ A fama das vitórias que tiveram/
Que eu canto o peito ilustre lusitano/ A quem Neptuno e Marte obedeceram/ Cesse
tudo o que a Musa antiga canta/ Que outro valor mais alto se alevanta”!
E aqueles mentecaptos que rejubilam com as derrotas de
compatriotas no estrangeiro devem estar a passar por momentos horríveis; e as
tascas de ”malamuerte” aonde vão buscar inspiração para as excreções mentais com
que infectam espaços públicos devem ter esgotado a bagaceira bruta com que se
encharcaram para atenuar a dor de burro....
Amândio G. Martins
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