Haja quem explique melhor isto...
É fartamente sabido que a cultura, na sua dimensão mais abrangente, luta por cá com enormes dificuldades, para a qual os apoios oficiais são sempre escassos, havendo notícias de artistas a passar muito mal; assim, quando se vê dinheiro claramente mal gasto, cabe perguntar pelos critérios que permitem gastar numa escultura de uma artista americana um montante que já ultrapassa largamente o milhão de euros, distribuído pela montagem do original e sua manutenção.
A coisa, que exige uma manutenção cara e complexa, chama-se “She moves”, tem a altura de um prédio de 17 andares, custou 940 mil euros em 2004 e, quatro anos depois, já precisou de uma réplica que ficou por 170 mil euros; em 2012 voltou a precisar de remendos, e agora já está encomendada uma nova rede orçada em 70 mil euros mais IVA , lê-se no JN; seria interessante saber-se se a Câmara de Matosinhos, em cuja área está implantado este sorvedouro de dinheiro, não terá melhor aplicação para ele, como em habitação social, por exemplo...
Amândio G. Martins
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