E são os pobres quem mais estraga...
Vivemos num tempo em que o desperdício dos mais variados produtos é a principal causa da degradação ambiental; todavia, desperdiçar alimentos, quando dentro de portas temos milhares de pessoas com fome, é algo que precisa de correcção, nem que para isso seja necessário reeducar e alertar toda a gente para que preste mais atenção a tal absurdo, até porque, segundo a ministra da Agricultura, conclui-se que cerca de metade do desperdício se verifica na casa dos consumidores.
E tem já quatro anos uma comissão criada para travar desperdícios, mas conclui-se que ainda há muito por fazer, embora os números de bens alimentares recuperados sejam significativos – nove mil toneladas no ano passado, segundo o JN ; mas ainda falta em muitos dos grandes espaços comerciais uma secção só com produtos em fim de prazo, obviamente com desconto correspondente, que as pessoas possam facilmente identificar.
Vi há tempos, numa televisão espanhola, um programa dedicado a esta problemática, onde foram revelados números astronómicos do que por lá se estraga, embora mostrassem dados de outros países igualmente assombrosos; dizia-se que o prazo dado a muitos dos produtos, que depois vão para o lixo, não tem qualquer relação com a possível deterioração dos mesmos, só razões puramente comerciais, para forçar a rotatividade e escoamento ao fabrico...
Amândio G. Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.