quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Pés na terra

 

Exigências desproporcionadas para a época...

 

 

Não usaria nunca a terminologia de um Pedro Arroja, que as apostrofava de “esganiçadas” para cima, quando combatiam com entusiasmo a tristemente célebre governação de Passos Coelho e não eram “moles” nas condições para apoiar António Costa, mas a insistente teimosia das “meninas” do BE, na questão do Orçamento do Estado em discussão, já me cansa um bom bocado, não que não lhes seja legítimo, no âmbito das suas ambições políticas, mostrarem ao seu eleitorado que sabem aproveitar as oportunidades, mostrando-se para o adversário, no uso do poder, um osso duro de roer.

 

Só que a desgraça que também nos caíu em cima, deixando a economia de rastos, da qual não só não sai dinheiro para mandar cantar um cego como ainda exige apoios impensáveis em anos anteriores, e como  grande parte da massa de dinheiro aí consumido vai acumular mais dívida pública, que por sua vez irá aguçar o dente aos especuladores, que não tarda vão aproveitar também para pressionar  com aumento dos juros dos financiamentos -  e a economista Mariana Mortágua sabe muito bem que assim é, não havendo como fugir a isso – parece-me a mim mais razoável, e não lhes ficaria mal se, sem que por isso percam a face, baixassem um pouco o tom e o conteúdo das exigências...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

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