Dos debates confusos e cansativos
Uma coisa que me excita os neurónios - presumindo que ainha tenho alguns - quando assisto a debates de natureza política, é ver os contendores interromper constantemente o adversário, quando lhes não agrada o que ouvem; também há alguns, poucos, que tomam notas, para rebater na sua vez de falar o que foi dito, o que me parece a forma mais educada de debater, porque querer ganhar um debate pelo silenciamento grosseiro do adversário, cortando-lhe abusivamente o discurso, o que revela de quem o faz é que não está à altura da situação a que foi chamado.
Diz-se no JN que houve três razões para que o segundo frente a frente Trump-Biden fosse mais civilizado: a primeira foi que o republicano, numa atitude inédita na sua carreira, seguiu à letra as orientações dos acessores, que lhe terão feito entender que falar com “fogo e fúria” assustaria o eleitorado moderado; a segunda razão é que, pela primeira vez em dabates desta natureza, sabia-se que havia um botão que permitia à moderadora “tirar o pio” a quem interrompesse o outro; a terceira foi a qualidade da própria moderadora, coisa que muitas vezes falta nos debates que por cá vemos...
Amândio G. Martins
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