segunda-feira, 26 de outubro de 2020

 

DAS ILHAS DE BRUMA...E DE TRISTEZA


Lembram-se daquela rapaziada que em Évora propôs a extirpação dos ovários de mulheres? Que vociferou contra o sistema? Por o pretender ainda mais explorador e desumano, claro! Lembram-se como aquilo terminou? A verborreia do chefe, no fim, apenas para meia dúzia deles? Os outros, já tinham dado à sola. Lembram-se porquê? É que se uns diziam mata, outros diziam esfola. O Zé, claro!

Pois bem, foi nesta rapaziada neo-nazi que, apesar de mesmo entre eles não se entenderem, que açorianos votaram, para substituir, varrer, a representação da oposição mais consequente.

Ó meu bem se tu te fores

Como dizem que te vais

Deixa o teu nome escrito

Numa pedrinha do cais

Não me levem a mal, adaptar, a propósito, este naco do tão rico e belíssimo cancioneiro/ imaginário nostálgico daquele paraíso atlântico:

Ó tristeza se te fores

Como dizem que te vais

Vai lá para bem longe

Lá e aqui, não voltes nunca, nunca mais

Francisco Ramalho

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