terça-feira, 6 de outubro de 2020

Linguagem técnica

 

Quando mexer é estragar...

 

 

Há muitos anos, numa das visitas de João Paulo II a Fátima, andava a polícia atarefada com a segurança do papa, um repórter de televisão entrevistava no recinto do santuário um graduado da PSP ali de serviço, perguntando-lhe algo sobre o seu trabalho; a resposta do homem -  porque era um graduado e deveria conhecer as formas de tratamento adequadas para as altas figuras – fez-me rir um bocado, tanto mais quanto repetiu várias vezes “ que estava a ser feito tudo para garantir que a visita de sua “eminência” o senhor papa decorresse sem sobressaltos”.

 

Vem isto a propósito da directiva do secretário de Estado da Defesa, dirigida aos três ramos das Forças Armadas, para que fosse corrigida a linguagem habitualmente usada nos documentos daquela instituição -  para uma terminologia “não discriminatória - decisão que indignou os altos responsáveis das mesmas e, a meu ver, com toda a razão, até porque, dizem os altos comandos, nunca houve queixas de discriminação; todavia, aquele governante, se calhar por falta do que fazer, achou que podia ali deixar a sua marca, decisão que o ministro mandou anular e da qual afirmou não ter conhecimento...

 

 

Amândio G. Martins

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