A Igreja Católica reconhece que o desejo pelo prazer sexual faz parte da natureza humana, mas através do celibato e alguns conceitos de castidade, contraria essa natureza, o que estará na origem de muitos dos abusos sexuais.
A sexualidade
faz parte da natureza e deve ser no mínimo respeitada, ao ser reprimida abre
mais possibilidades de se verificarem desmandos e comportamentos psicopáticos.
Ultimamente, o que tem estado na ordem do dia,
são os abusos sexuais considerados crimes pelo Código Civil, mas a violação às leis
eclesiásticas foi sempre muito para além disso durante muitos séculos,
nomeadamente com amantes e filhos ilegítimos, embora hoje mais atenuados ou
menos badalados esses desrespeitos das regras do celibato.
O celibato foi introduzido no século IV, embora
com avanços e recuos na sua aplicação, o que permitiu até a existência de papas
que foram casados, e foi imposto definitivamente no século XVI pelo concílio de
Trento, embora nas práticas comportamentais não existisse grande alteração,
sobretudo no clero com influência e poder material e social.
O choque entre o celibato e uma relação sexual
e mesmo sentimental, é retratado em obras literárias como o «O Crime do Padre
Amaro», do nosso Eça de Queirós e o «O Crime do Padre Mouret», do escritor
francês Émile Zola.
Com o desenvolvimento social e de mentalidades,
o celibato acaba por se transformar também num obstáculo ao recrutamento de
sacerdotes, sobretudo a partir de meados do século XX, obrigando a Igreja
Católica a medidas de recurso como uma maior actividade dos diáconos. É
previsível que exista uma evolução do celibato para a sua abolição.
Concordo na generalidade com o que diz o senhor Ernesto Silva; de facto, não faz sentido um celibato que não seja opção do próprio, e o próprio papa já reconhece isso. Todavia, atribuír ao celibato, como já tenho ouvido, a causa dos abusos cometidos por padres, é esquecer que existem pedófilos em todos os sectores da sociedade, onde o celibato não é imposto a ninguém, aberração gerada na perversidade das pessoas, sejam padres ou o que forem...
ResponderEliminarnaturalmente que não é só o celibato o responsável pelos abusos sexuais na Igreja Católica.
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