A Câmara de Santa Comba Dão anunciou para breve a inauguração de um museu cuja finalidade, segundo afirma o seu presidente, é esclarecer o que foi o Estado Novo - criação dum filho daquela terra – obra que terá custado à autarquia 200 mil euros, justificando o autarca o investimento como sendo um atractivo para o concelho; sendo óbvio que a história não se apaga, como ele diz ao JN, o referido museu pode vir a ser importante para mostrar àquelas gentes do interior, e a quantos queiram visitar aquilo, o que foi realmente o tal “Estado Novo”, não tendo que ser visto como exaltação ao ditador, até porque os que o veneraram já devem ter morrido todos, e a maioria dos seus descendentes está noutra.
Mas ajudar as novas gerações a perceber o que foi a ditadura salazarista, como e porquê se manteve tanto tempo, qual o “caldo de cultura” que lhe deu origem, como chegou Salazar a ministro das Finanças e logo a presidente do conselho, quais os métodos a que recorreu para calar as vozes contrárias, parece-me importantíssimo, porque a memória dos povos é curta e os regimes democráticos, pela “licenciosidade” que é da sua natureza, estão cada vez mais fragilizados...
Amândio G. Martins
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