terça-feira, 21 de março de 2023

Farsantes

 

Quando a União Soviética caíu de podre, porque mais iníqua e corrupta que o capitalismo a sua ideologia, os países vizinhos que a prepotência tinha amordaçado manifestaram vontade de liberdade, tendo recomeçado a caminhar pelo seu pé, embora alguns nunca  conseguissem libertar-se completamente da cepa podre;  no que concerne à Ucrânia, ficou estabelecido que este país devolveria à nova entidade russa todo o arsenal nuclear aí instalado e a Federação Russa comprometia-se a respeitar a soberania e integridade territorial da Ucrânia.

 

Só que tudo mudou rapidamente na estrutura dirigente russa; de facto, educados/viciados na falsidade e prepotência comunista, só respeitam qualquer tratado assinado enquanto lhes parecer favorável, e quando perceberam cada vez mais problemático manter fantoches na governação ucraniana, vai de inventar ameaças à sua soberania a partir da Ucrânia e invadir este país da forma mais selvática.

 

O ditador chinês, agora disfarçado de “pomba da paz”, atirando areia para os olhos do mundo democrático, onde a confiança na China anda pelas ruas da amargura, diz pretender uma “nova ordem” baseada no respeito pela lei e soberania dos povos, como se a selvática agressão russa, que nunca reconheceu como tal, porque lhe tem sido altamente favorável, estivesse escudada no respeito por seja que lei for, mas percebe-se bem que a tal “nova ordem” seria uma em que ele e o amigo russo ditassem as regras...

 

Amândio G. Martins

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