segunda-feira, 20 de março de 2023

O "meu" empresário modelo

No exercício da minha actividade profissional tive oportunidade de contactar pessoalmente com os mais diversos tipos de empresários, mas não lembro um só cuja forma de proceder e ética empresarial se aproximasse da de Rui Nabeiro -  de quem nunca sequer estive próximo mas fui conhecendo pelo que dele se dizia na Comunicação Social- realmente o “meu” empresário modelo, moldado na escola de que mais se orgulhava, a universidade da vida e a origem modesta de onde procedia.

 

Da maioria daqueles que conheci por contacto directo, impressionava-me a forma como lidavam com o pessoal que empregavam, não mostrando a menor consideração  pela pessoa, com aquela sobranceria que lhes dava o desplante de não responder à saudação que lhes era dirigida pelos trabalhadores, mas estavam sempre prontos a interpelá-los de forma grosseira, na presença fosse de quem fosse, para os repreender por algo que lhes desagradasse.

 

De uma maneira geral, aqueles que já possuíam alguma graduação académica para as funções que desempenhavam, faziam questão de afirmar, porque era moda, que os trabalhadores eram o mais importante activo da empresa; todavia, mesmo possuindo “MBA” de prestigiadas escolas de negócios, nenhum deles me parecia sentir a necessidade de dispensar ao pessoal que os fazia ricos o tratamento correspondente à importância que diziam ter e realmente tinham, muito menos com as qualidades humanas de Manuel Rui Azinhais Nabeiro; pudesse o seu exemplo frutificar na classe empresarial e o capitalismo seria outra coisa bem mais decente...

 

Amândio G. Martins 

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