A “Sãonzinha do Quim da Burra”, como era conhecida na zona onde residia, na Maia, segundo o JN, não gostava de ver aproximar-se o ex-companheiro, por ser conflituoso e só aparecer para lhe criar problemas; já tinha sido referenciado por violência machista, mas a queixa acabou arquivada e continuou à vontade, até à hora em que a matou a tiro, proeza que tinha anunciado horas antes e ninguém levou a sério.
Noutro caso, passado em Arganil, um que tentou matar à catanada foi a julgamento, mas a douta juíza decidiu pela absolvição, com o argumento de que, para além de não ter chegado a matar a mulher, a catana é uma ferramenta agrícola, não uma arma, e os vizinhos da mulher, que na sua defesa ficaram feridos, provocaram eles as feridas ao tirarem ao agressor a catana.
Na minha agricultura “desportiva”, eu uso várias ferramentas que podem matar, entre elas as enxadas, e uma sacholada na cabeça já mandou para o “outro mundo” muita gente ao longo dos tempos; se “por desgracia” viesse a ser acusado duma coisa dessas, também podia alegar em minha defesa que aquilo não é uma arma, e que não bati com ela na cabeça da vítima, mas que tinha sido a sua cabeça que foi ao encontro da enxada...
Amândio G. Martins
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