quarta-feira, 11 de abril de 2018


Não sei do ceifeiro...


Já não sei por que não vejo o ceifeiro
Que se via ali no campo de trigo
Algo de novo se passa comigo
E vou querer sabê-lo por inteiro...

Sempre esteve bem visível lá no meio
Da paisagem de dourado antigo
E não posso crer que tenha sumido
Aquele em quem eu via um parceiro.

Tinha eu na minha cópia a imagem
Que Van Gogh pintou naquela miragem
Numa clareira da ruím doença;

Vou saber do meu oftalmologista
Qual o problema com a minha vista
Porque o ceifeiro é dali pertença!


Amândio G. Martins



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