sexta-feira, 5 de julho de 2013

Que vergonha!


O dia 2 de Julho marca um importante revés na democracia portuguesa. De uma assentada, e na ressaca da demissão do ministro Vítor Gaspar, tivemos o pedido de demissão de Paulo Portas, número dois do governo, a surrealista posse de Maria Luís Albuquerque, como ministra das Finanças, a atitude do Presidente da República e a declaração do Primeiro-ministro de não se demitir. Esta sucessão caricata de eventos aparece recheada de condimentos que, misturados, desencadeiam uma indigestão no pobre do indígena, que pensa viver numa República das bananas. Ao ouvir as explicações dos ministros para a sua demissão, ficamos a saber que nem eles acreditavam que as suas políticas eram credíveis. O presidente da República e o primeiro-ministro agem como pessoas acima das leis e da Constituição. Nunca pensei que após o 25 de Abril fosse possível vivenciar tal situação de cariz antidemocrático e trágico-cómico.
Publicado no Jornal Público em 4-07-13

1 comentário:

  1. Dona Maria José, lamento desiludi-la ainda mais mas brevemente Portugal vai necessitar de pedir mais um resgate financeiro o que vai implicar mais cortes mais despedimentos e mais pobreza. Se calhar ainda vamos ficar pior do que a Grécia. É verdade. Também não admira, com estes políticos o que esperava a Dona Maria?

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