quinta-feira, 26 de novembro de 2015

AFINAL, QUEM É O PINÓQUIO?

Fomos habituados desde a tenra idade a festejar momentos felizes como o nascimento e nunca o falecimento, o casamento e nunca o divórcio, a victória e nunca a derrota, e até ao passado dia 22 na FIL, a libertação e nunca a prisão. Nesse dia, cerca de 500 pessoas reuniram-se para erguer a taça de champanhe para festejar talvez um dos dias mais tristes de Sócrates e confesso que me fez pena ver a sua cara de felicidade perante uma plateia de inimigos que pagaram 25 euros para festejar o dia da sua prisão. No discurso de agradecimento, entre várias acusações, aproveitou para voltar a lembrar que “o acordo que protegia o nosso país da chegada da troika” desmentindo Teixeira dos Santos, que por diversas vezes tem afirmado o seguinte: "tornou-se claro que se o país não tomasse a iniciativa do pedido de ajuda ela acabaria por nos ser imposta pelos nossos parceiros, creio que seria ainda mais vexante para o país … e que esse pedido de resgate era incontornável, seria fatal como o destino….. houve uma conversa (com Sócrates) que não foi agradável, como será de perceber, e a partir daí mantivemos uma relação que se limitou à gestão dos assuntos da governação, em particular da negociação do memorando com a Troika… mas o meu dever de lealdade, como ministro das Finanças, era perante o país”. Por favor, e definitivamente, entendam-se, pois os contribuintes, que estão a pagar uma factura monstra, querem saber quem é o Pinóquio nesta história. Jorge Morais


METRO - 26 Novembro 2015

1 comentário:

  1. Lamentavelmente os Pinóquios são muitos, pois foi uma sementeira muito produtiva neste país. Como é normal nestas situações atiram as culpas uns para os outros, mas, no fim, não lhes sucede qualquer castigo, pois este é um território onde o masoquismo tem um terreno fértil. É o fado português, património imaterial da humanidade.

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