À VARIEDADE DO MUNDO
Este nasce, outro morre, acolá soa
Um ribeiro que corre, aqui suave,
Um rouxinol se queixa brando e grave
Um leão c´o rugido o monte atroa.
Aqui corre uma fera, acolá voa
C´o granzinho na boca ao ninho uma ave,
Um derruba o edifício, outro ergue a trave,
Um caça, outro pesca, outro enferoa.
Um nas armas se alista, outro as pendura
Ao soberbo Ministro aquele adora,
Outro segue do Paço a sombra amada,
Este muda de amor, aquele atura.
Do bem, de que um se alegra, o outro chora…
Oh! Mundo, oh! sombra, oh! zombaria, oh! nada !
NOTA – Soneto do Dr. António Bacelar Barbosa
Transcrito por Amândio G. Martins
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