INVERSÃO
DO ÓNUS DA PROVA
Reportando-me
ao texto saído neste espaço, louvando João Cravinho pelo projecto que há muitos
anos apresentou para combater a corrupção e acusando Sócrates de não o ter
feito avançar por conveniência própria, acho importante desmascarar não só a má-fé de que releva tal acusação como a “isenção”
de quem o pariu.
De facto,
esta boa alma esquece, deliberadamente, os argumentos então aduzidos contra o
projecto; esquece, deliberadamente, que os “puros” do Governo que acaba de ser
apeado o aprovaram no Parlamento, sendo chumbado no Tribunal Constitucional, com
base nos mesmos argumentos que levaram os deputados que sabem o que andam a
fazer a não darem andamento a tal “aborto”.
E porquê?
Imagine-se que um “maduro” qualquer me acusa de o ter roubado. Sou chamado para
interrogatório, ou mesmo detido, sabe-se lá, nego tal acusação mas dizem-me que
tenho de provar que não roubei!
Quer dizer,
um bandalho qualquer pode acusar um cidadão das maiores malfeitorias e não tem
de provar o que diz; o pobre do acusado é que terá de o fazer… É claro que é
INCONSTITUCIONAL, mas para os “madureiras” deste país é a Constituição que é
inconstitucional…
Amândio G.
Martins
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