Crise é das palavras que mais
vezes se tem citado nos últimos anos.
Educação é a assimilação e a prática
de regras e de valores que nos tornam mais capazes de viver em sociedade
Estas duas palavras interligam-se
com demasiada frequência, pois é essencialmente durante situações de crise, individual
ou social, que se detecta a existência da educação, ou a falta dela.
Isto a propósito da utilidade da “crise”
que na minha opinião tem servido para aferir conceitos e atitudes o que nem
sempre a família/educadores conseguiram fazer.
Ninguém dúvida que a maioria dos
pais ama os seus filhos. Ninguém dúvida também que todos gostam de lhes dar
melhores condições de vida, melhores que a deles próprios.
Muitas vezes dá-se acima das
posses para suprir, quem sabe, alguma falta de acompanhamento, ou por não saber
gerir a manipulação dos filhos, ou simplesmente porque é mais fácil dizer que
sim do que dizer que não.
Por tudo isso é que a educação é
uma das missões mais ingratas do ser racional.
Pelo que está dito acima o que se
verifica, não olhando aos aspectos negativos que a crise tem desencadeado,
observa-se que muitas pessoas mudaram positivamente comportamentos, tais como,
levar a “comidinha” para o emprego: homens e mulheres, jovens e menos jovens o
fazem, de uma forma muito descontraída, tornou-se moda até;
já não caem os “parentes”
na lama ao aceitar um emprego de salário mínimo mesmo quando se tem formação
académica superior, os chamados “doutores”.
Faz-se agora uma gestão do dinheiro
e das despesas, com maior bom senso, porque o que antes era um emprego vitalício agora é, quase sempre, precário.
A crise serviu pois para complementar
o que em muitos casos foi a insuficiência da educação, do bom exemplo a seguir.
Logo a crise tem sido uma grande
pedagoga.
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