sexta-feira, 6 de novembro de 2015

SERÁ QUE OS PORTUGUESES SÃO ENTEADOS? - (PARTE II)


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A propósito da minha opinião que manifestei neste “blogue”, no passado dia 4 do corrente mês e com o título “Será que os portugueses são enteados?”, e a propósito dos 4500 refugiados, que este “misero” País irá receber, e que mal dá para sustentar todos aqueles que cá vivem, quanto mais os que vêm para cá, na qual muitos de nós vamos vivendo com enormes dificuldades, uns mais do que outros é verdade, mas lá nos vamos aguentando no “barco”. Mas não deixa ser contudo por lado de ser real, e é discutível este meu ponto de vista, mas é a minha opinião, que vale o que vale e como tal não altero uma única vírgula, àquilo que afirmei então nesse texto-opinião. A minha opinião, repito, meus amigos, vale o que vale, assim, como todas as outras opiniões de todos aqueles que escrevem neste espaço e que “botam” igualmente as suas opiniões, que eu tenho o imenso orgulho de sempre ter respeitado, ao longo deste quase três anos de existência deste “blogue”, pois é este o meu lema e meu modo de estar, pois foi assim que os já partiram, assim me ensinaram. Respeito as opiniões de todos e por hábito poucos comentários faço ou mesmo nenhuns, acerca das opiniões de cada um de vós...chamo a isto muito respeito, que guardo a todos os “opinantes” deste espaço.
Quando aos comentários, acerca do meu texto-opinião do dia 4 do corrente mês, que alguns camaradas deste “blogue” fizeram o favor de me fazerem, sinceramente não me beliscaram em nada nem me incomodaram em nada, somente acrescentarei que quando alguém faz comentários daquilo que os outros honestamente procuram dar a sua opinião, aparecem uns quantos que são umas autênticas “bíblias” e são puramente os donos somente da sua própria verdade, e tudo o que os outros escrevem, é só lixo? Mas repito sinceramente, que não me incomodaram, mas deixaram-me um pouco triste, sem contudo ter ficado beliscado, pelo contrário deram-me mais força, pois a minha opinião também vale e dão-me força para eu continuar a escrever da forma que sei…realmente não sou tão sabedor no manuseamento das letras como alguns de vós, devo confessar, mas cá me vou ajeitando conforme sei. Pois, voltando à realidade, dos refugiados que irão invadir este minúsculo rectângulo e que irão ter prontamente médicos de família e escandalosamente não irão pagar taxas moderadoras o que não deixa de ser uma afronta escandalosa, para milhares de “portugas”, que vivem com dificuldades…somos uns mãos largas somente para com os outros. 
Mas vamos à realidade dos factos. Eu pertenço ao Centro de Saúde de Odivelas-A, que agora passou para a Ramada-Odivelas. Sabem meus queridos críticos, mas meus amigos, quantos anos, eu e a minha família estivemos sem médico de família? Cerca de uns 15 anos, e só passei a ter médico de família depois de tido um AVC-Acidente Vascular Cerebral, (no qual estive internado no Hospital Beatriz Ângelo-Loures), e por um especial favor daquele Centro de Saúde e da minha actual médica de família Drª. Margarida Vale, passamos a ter médico de família. E, agora chegam estes nossos “irmãos”, e passam a ter médicos de família. Mas afinal que moral é esta?
Sabem, meus queridos críticos e amigos, por acaso em Portugal qual o número de utentes da nossa terra que não têm médico de família? 89% da população.
Depois de mais este desabafo. Estou e sinto-me com arcabouço suficiente para receber toda a espécie de críticas, que me queiram fazer, estão à-vontade.Realmente somos um País de “bonzinhos”, que pelo menos não olha da mesma forma para os de cá. 
Há um provérbio que se ajuste bem...Quem não se sente não é filho de boa gente.



Mário da Silva Jesus

2 comentários:

  1. Caro Mário da Silva Jesus,
    Permita-me que lhe diga que quando afirma: "Respeito as opiniões de todos" está a cair num lugar comum verbal que enferma de razoabilidade. E esta enfermidade é uma armadilha que cria a si próprio. Penso que o Sr. queria dizer é que respeita a pessoa que profere uma determinada opinião sobre seja o que for. Mas este facto - o de respeitar a pessoa - não implica que tenha necessariamente de respeitar a sua (dele) opinião. Ou seja, há pessoas muitíssimos respeitáveis, como por exemplo a minha sogra que já tem 99 anos mas cujas opiniões são na maior parte das vezes completamente idiotas. Da mesma forma que tenho o maior respeito pelo meu neto de 5 anos mas nunca lhe pediria a opinião sobre a situação politica no Iraque. Enfim, poderia continuar a dar aqui muitos exemplos, mas penso que já percebeu a diferença entre respeitar a pessoa e respeitar a opinião dessa pessoa.
    Quanto à sua opinião sobre o acolhimento aos refugiados considero que tem muitas razões, mas não tem razão.

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  2. Questiono-o, como motivação para reflexão. Porque motivo tem o senhor um direito que, segundo diz, 8 em 9 dos seus concidadões não têm? Serão todos eles mais saudáveis? Menos trabalhadores? Nenhum pagou impostos? Por falar nisso, porque hão de os meus impostos ir para pagar o seu médico, quando a minha mãe tem uma reforma baixíssima, e eu tenho de ajudar (apesar de durante anos ter descontado acima do mínimo, para garantir uma boa reforma, lho disseram) Porque hei de eu pagar o seu hospital, em vez de gastar em mim, ou na minha mãe? O que faz de si merecedor de ser um dos 11% previligiados?

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