É preciso e é urgente meter os médicos na ordem. Esta classe
de privilegiados faz finca-pé na exigência por mais e mais regalias. Já não
lhes basta o chorudo nível de vida que gozam, as deslocações em topos de gama,
as viagens injustificadas para suspeitos Congressos sem lá terem posto os cotos,
as ricas férias em paraísos à sombra da bananeira, as benesses facilitadas
pelos Laboratórios, e ainda querem mais e melhor. Senhores de vantagens
diversas, proprietários em pouco tempo de bens e de ganhos arrecadados por
vários ganchos praticados em espalhados centros de saúde e clínicas sob suas
gestões, ainda têm tempo para lançar ultimatos ao governo da nação e ao
ministro que os tutela, com o apoio arrogante do bastonário que os incita à
greve. Bastonário que entende que aqueles praticantes de actos médicos, alguns
profissionais e outros apenas receitadores
de fármacos, levam uma vida de risco e de desgaste, por tão poucas horas de
trabalho, e tanta dedicação no assédio dentro das unidades hospitalares e nos
consultórios particulares, salvaguardando contudo os investigadores e os que
queimam as pestanas na descoberta de soluções para cura dos males que nos
afligem. Outros porém, até tentam encavalitar-se nas pacientes, enquanto estas
se submetem a consulta, nas horas vagas ou dedicadas às suas clientes expostas
sobre as marquises, e sem que o bastonário e os sindicalistas ruidosos e
ameaçadores, reivindiquem severo e exemplar castigo para tais “especialistas”.
Nenhum deles é hoje um joão semana.
Hoje são quase todos comerciantes e negociadores do queijo da serra e do
presunto pata preta, regado com Dom Pérignon, depois de aturadas análises. Já
entram e saem das Escolas com o livro da conta-corrente e após codificado
juramento. É uma sorte encontrar um que fuja deste padrão, que os há, raros com
certeza. Precisamos de um governo que ponha travão a tanto ultimato
classicista, que se levanta por dá cá aquela palha, e sem qualquer promessa de
dar em troca deveres e obrigações de mais aplicação e de melhor entrega no
serviço público que lhes é exigido dar, aos que a eles recorrem com alguma
legítima confiança. Tal classe que se julga merecedor de tratamento superior,
não pode passar sem reparo e crítica cuidada e séria, pois eles já lucrando com
o desempenho da função, e alargado privilégio, contribuem nas acções desmedidas
e comerciais que pretendem obter, para a exploração do povo e para o
agravamento da sua saúde, que lhes paga. Alguém conhece um médico pobre, ou
sequer remediado? Não, pois já se extinguiram de morte natural, os joão semanas, imortalizados na memória e
na literatura romanesca. Pede-se ao governo e ao ministro em particular,
serenidade, clarividência, firmeza q.b. para submeter estes “profissionais” ao
tratamento que eles estão a pedir. Em nome da saúde do Povo!
Eu médico e orgulhoso da forma como desempenhei a minha profissão,me confesso. E considero que o texto acima da autoria de Joaquim Moura é um NOJO REPUGNANTE!
ResponderEliminar...é uma pena o Sr Dr. não ter encontrado um espaço no texto com que se identificar e encaixar. Bastaria dizer que pertence ao grupo- " É uma sorte encontrar um que fuja deste padrão, QUE OS HÁ COM CERTEZA". Eu por explº! Pelo contrário preferiu confundir-se com a maioria. Reagiu mal e sem objectividade. Devia saber separar o trigo do joio, e realçar que não faz parte da praga emergente e mercantilista. Aconselho-o a reler o texto e não tomar a atitude própria dos solidários da "classe", sem mais. Assim até nos confunde ainda mais, e não se vê salvaguardado pelo advérb. "quase". É pena reacção tão destemperada mas significativa!
ResponderEliminar...é uma pena o Sr Dr. não ter encontrado um espaço no texto com que se identificar e encaixar. Bastaria dizer que pertence ao grupo- " É uma sorte encontrar um que fuja deste padrão, QUE OS HÁ COM CERTEZA". Eu por explº! Pelo contrário preferiu confundir-se com a maioria. Reagiu mal e sem objectividade. Devia saber separar o trigo do joio, e realçar que não faz parte da praga emergente e mercantilista. Aconselho-o a reler o texto e não tomar a atitude própria dos solidários da "classe", sem mais. Assim até nos confunde ainda mais, e não se vê salvaguardado pelo advérb. "quase". É pena reacção tão destemperada mas significativa!
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