Estamos ocupados, muito, com as nossas vidas, pequeninas, impotentes. Mas não podemos ignorar os "relatórios da fome", "o caminho da injustiça", a "linguagem do terror". Já lá vai a bomba de Hiroshima ou o Holocausto, mas continuam a ser "Vergonha de nós todos". Devemos envergonhar-nos também dos mortos no Mediterrâneo em cujas águas quentes aspiramos banhar-nos no verão. Este ano poderá tornar-se "no mais mortífero daquela que é a rota de migração mais mortal do mundo" segundo a amnistia internacional. A Unicef pede, por estes dias, pelas crianças de Mossul. Longe do tempo dos imperadores romanos que perseguiam os cristãos, hoje, em pleno século XXXI, "muitas pessoas são «forçados a fugir» porque “carregam o nome de cristãos”.
É um "concerto de gritos" que não podemos deixar de ouvir. Continuamos a viver num tempo de "pecado organizado".
"Vemos, ouvimos e lemos/ Não podemos ignorar".
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