We shall
overcome
Era a palavra
de ordem para uma marcha cívica até Washington “pelo emprego e pela liberdade”
agendada para 28 de agosto de 1963. Nesse dia, um homem negro, entroncado, de
bigode fino, olhava o sol da manhã. Era um pastor da Geórgia e o seu nome era o
último da lista de oradores- Martin Luther King.
Cerca de 90
mil pessoas aglomeravam-se diante do Lincoln Memorial. Chegou a vez dele falar
e, compassadamente, disse à multidão que por todos os Estados Unidos o ouvia:
“Eu tenho um
sonho: que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos escravos e
os dos velhos senhores se possam sentar juntos à mesa da fraternidade; que um
dia os meus quatro filhos vivam num país onde não sejam julgados pela cor da
sua pele, mas pelo seu carácter.
Quando
deixarmos que a liberdade ecoe em cada cidadezinha e em cada cabana, em todos
os Estados e em todas as cidades, poderemos apressar a chegada do dia em que
todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos,
poderão dar-se as mãos e cantar juntos as palavras do velho espiritual negro “Livres
finalmente”! Graças a Deus Todo-Poderoso, estamos livres finalmente!
A injustiça
em qualquer lugar é uma ameaça para a justiça em todos os lugares. Estamos
presos numa rede de reciprocidade, da qual não se pode escapar, ligados por um
mesmo e único destino.
Dizem que
alguns de nós são agitadores… Eu estou aqui porque amo os brancos. Enquanto os
negros não forem livres, os brancos também não são livres. Eu amo o meu país.
Pode ser
verdade que é impossível decretar a integração por meio da lei, mas pode-se
decretar a não-segregação; pode ser verdade que é impossível legislar sobre a
moral, mas o comportamento pode ser regulamentado; pode ser verdade que a lei não
é capaz de fazer com que uma pessoa me ame, mas pode impedí-la de me linchar”!
Nota - Deve-se
ao apontamento da Drª Graça a transcrição que faço de partes do célebre
discurso daqele grande líder negro; isto por ser demasiado extenso para “comentário”…
Amândio G.
Martins
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