Há décadas que os fogos têm dizimado o país. São matos, são
bens, são pessoas que têm desaparecido, enquanto o inimigo se esconde bem longe
das chamas desta sazonal desgraça colectiva.
Depois, são os eucaliptos, o foguetório das festas populares
e as matas não limpas, os responsáveis por este bem engendrado e tentacular
grémio do fogo.
Entretanto, em vez de se apostar decisivamente na prevenção,
vão ainda gastarem-se muitos mais milhões na aquisição de mais e sofisticados
meios de ataque a tais criminosas ignições e suas derivadas projecções.
Assim, sem se ir ao cerne da questão, o que de facto
interessa são manter as negociatas estabelecidas até que Portugal desapareça
nas chamas desta continuada fogueira, que a alguns dá muito a ganhar.
José Amaral
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